Raikkonen ameaça não correr na Lotus

Kimi não está nada feliz...

Sem receber um tostão de seu salário e bônus desde o começo do ano e ainda enfrentando declarações ásperas da equipe durante a última corrida, Kimi Raikkonen quase não vem correr em Abu Dhabi mas deixa claro que poderá não aparecer nas próximas etapas se a equipe não entrar num acordo com ele sobre a dívida pendente.

"Eu vim aqui apenas porque tenho esperanças de chegar a um acordo sobre certos assuntos que estamos enfrentando. Espero que resolvamos isso e possamos terminar a temporada da melhor maneira possível", disse após os treinos dessa sexta, acrescentando com toda a contundência: "Não é legal ouvir declarações de que você 'não veste a camisa da equipe' ou que 'não defende os interesse da equipe' quando você recebeu zero euros o ano inteiro." 

Depois prosseguiu: "Isso não coloca você na melhor posição, mas é como aconteceu e felizmente, como eu disse, entramos num acordo sobre como vamos lidar com essa situação e resolver as pendências e tentar terminas da melhor forma que pudermos"

Ao final, perguntado se ele consideraria não correr as duas últimas etapas do ano nos Estados Unidos e no Brasil, respondeu: "Com certeza. Eu gosto de correr, gosto de pilotar, mas uam grande parte disso é um négócio comercial. Algumas vezes as coisas não são conduzidas da maneira que deveriam e acabamos numa situaçãodesagradável", pontificando: "você tem que demarcar uma linha em um determinado ponto e se a situação ultrapassar essa demarcação... aí já não seria mais culpa minha..."

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Bem, se a situação está nesse pé e Kimi ainda não recebeu é porque realmente as finanças da equipe Lotus está periclitante (ela amarga prejuízos gigantescos ano após ano), num claro sinal que o dinheiro dos tais investidores da Quantum não chegou. Isso pode ser favorável para Maldonado, que assim se tornaria o salvador da pátria da equipe com seus petrodólares, mas ao mesmo tempo também coloca em dúvida se a equipe conseguirá repetir a ótima forma apresentada esse ano com o orçamento para o projeto 2014 possivelmente comprometido como aparenta.

É lógico pensar que mesmo entrando o dinheiro da Venezuela o orçamento de uma equipe desse porte precisará de ainda mais reforço no caixa para manter instalações atualizadas, quadro de funcionários com salários em dia e os fornecedores sem atrasos nos pagamentos (algo que já não estaria ocorrendo), isso sem mencionar os engenheiros mais competentes e que são muito disputados no mercado e que portanto custam caro e exigem boa saúde financeira da equipe para poderem mostrar seu trabalho e não à toa já tem sido roubados pelas equipes rivais...

Assim, a Lotus de 2014 pode não ser tão boa como a que vemos na pista hoje. Que dureza...