Vamos lembrar como foi a trajetória de Rubens por todas as suas 19 temporadas e 6 equipes ao longo de sua prolífica carreira de 326 GP´s disputados na Formula 1 desde 1993 a 2011:


1996 - Carro mais uma vez mal concebido, sofria de falta crônica de carga aerodinâmica na parte traseira, o que comprometia a tração do carro nas curvas de baixa e desgastava os pneus. O clima entre a equipe e o piloto azedou e Rubens foi para a Stewart ao fim da temporada.
1998 - Com um carro projetado com foco principalmente em aerodinâmica, enfrentou problemas de câmbio e eletrônica. Com poucos recursos, a equipe não conseguiu corrigir a trajetória ao longo do ano e perdeu desempenho. Destaque para o 5º lugar em Barcelona.
1999 - Com uma parceria mais forte com a Ford o que passou a investir mais na equipe e entregou um novo motor o menor do grid, a Stewart pode investir mais no carro, permitindo a Rubens um ano mais sólido. No meio do ano a Ford comprou a equipe e anunciou que em 2000 se chamaria Jaguar, e ofereceu a Barrichello a chance de ser o 1º piloto, mas o brasileiro preferiu apostar suas fichas numa equipe de ponta já estabelecida e aceitou o convite para pilotar a Ferrari e ser companheiro de equipe do temido e polêmico Michael Schumacher.
2000 - Em seu primeiro ano na Ferrari, Barrichello percebeu que a estrutura da equipe era bem maior do que a que estava acostumado na Jordan ou Stewart. Também percebeu que pela primeira vez estava numa equipe que poderia lhe oferecer equipamento para disputar vitórias, o que conseguiu em Hockenhëim numa corrida memorável. O peso de estar numa equipe grande e ter seu país (e principal emissora de TV) cobrando um título pós-Ayrton Senna pesaram mais do que nunca.
2001 - Em um ano sem vitórias pela equipe italiana, Barrichello agradou um pouco a torcida com desempenho sólido e constante o ano todo. Infelizmente o carro deste ano, apesar de muito competitivo, era mais adaptado ao gosto de pilotagem do alemão. Assim como no ano anterior, a ajuda do brasileiro foi decisiva na conquista do título de Schumacher e da Ferrari.


2004 - Com esse carro Barrichello volta a desfrutar de um equipamento muito superior aos das demais equipes. Uma vez mais, teve que se contentar com estratégias que beneficiaram Schumacher, sendo deixando em segundo plano. Ainda assim, com grande regularidade, conquistou vitórias na China e no Japão e outros 12 pódios, garantindo seu segundo vice-campeonato, sendo como nos quatro anos anteriores decisivo na conquista do campeonato de construtores para a Ferrari.

2005
- Em seu último ano na equipe italiana, Barrichello já estava cansado
de ficar em segundo plano e rompeu seu contrato que valia até o fim de
2006. O carro desse ano foi especialmente fraco, com falta de
"downforce", não conseguindo obter dos pneus Bridgestone o mesmo
desempenho que rivais equipadas com Michelin. Ironicamente, a única
vitória da Ferrari foi o GP dos EUA, onde todos os carros com pneus
franceses não largaram pois seus pneus eram muito frágeis e estourariam.
2006 - Depois de 6 anos na Ferrari, Barrichello agora estava numa equipe nova, com tratamento realmente igual ao de seu companheiro. Seu primeiro ano na equipe japonesa foi de adaptação, pois câmbio, controle de tração, motor, funcionamento e mentalidade da equipe e até mesmo a marca de pneus eram completamente diferentes das que estava acostumado. Ainda assim terminou o campeonato melhor classificado do que no seu ultimo ano de Ferrari.
2007 - Nesse ano negro como a pintura do carro, a Honda meteu os pés pelas mãos e produziu o pior carro que Barrichello já guiara em toda a sua carreira, nas palavras do próprio. Com sérios problemas de frenagem e estabilidade, não permitiu ao brasileiro terminar o campeonato com nem um mísero ponto, mesmo tendo terminado 12 das 17 corridas na frente de Jenson Button, a quem coube marcar os únicos 2 pontos da equipe. Ainda assim, Rubens teve seu contrato renovado para 2008.


2010 - Com um carro equipado com motores "novatos" na Formula 1, Barrichello vem superando seu companheiro de equipe, o igualmente novato e atual campeão da GP2 Nico Hulkenberg, de quem arrancou elogios recentemente por sua velocidade. Sua experiência também foi de fundamental importância para o desenvolvimento da equipe, que mesmo com orçamento menor que suas rivais, cresceu e pontuou regularmente.

O futuro de Barrichello em 2012 e além, como ele mesmo disse, está em aberto. Na F1 as chances são pequenas na HRT, onde creio que ele recuse correr pela precariedade das condiçoes da equipe e na Caterham, equipe em que Trulli não tem a vaga muito firme e é um time em ascendencia, ainda que não própriamente competitiva.
Ele poderia correr na F-Indy, mas pelo que sabemos sua esposa não quer. Também há várias outras categorias adorariam receber um piloto de seu quilate: Le Mans Series, Endurace, Nascar e até a nossa Stock Car (ao meu ver a opção que menos estaria a altura dele). Além disso a possibilidade dele tirar um ano sabático e só voltar a pensar em corridas em 2013 é forte.