Já desde a segunda metade de 2009 o RB5 mostrou-se um carro superior a todos os demais no grid, Brawn inclusive, mostrando a força daquele chassis especialmente depois que teve seu difusor duplo instalado.
Fechando aquela temporada em alta, ficava claro que o ano seguinte, sem grande mudanças de regulamento, contariam com uma excelente base para seu próximo carro.

Além do difusor ainda inovaram nas polêmicas asas dianteiras flexíveis, que até agora acredita-se que não era apenas a asa que se inclinava, e sim toda a frente do carro a partir da dianteira do assoalho que também se inclinaria conforme ganhava velocidade.

O calcanhar de Aquiles do carro entretanto, era sua durabilidade. Em pelo menos 3 ocasiões Vettel perdeu vitórias certas por problemas mecânicos, seja nos freios, seja no câmbio ou motor, e com isso se distanciou da liderança do campeonato, algo que só viria a exercer quando foi efetivamente o campeão.
Mas nem só de carro vive uma equipe, seus pilotos tem um papel fundamental e nesse ano Webber e Vettel protagonizaram um belo duelo nas pistas e fora delas, com vantagem de Webber nessa segunda modalidade.
Nas pistas Webber capitalizava sua regularidade e sangue frio, enquanto Vettel, mais afoito cometia alguns erros tolos, que o faziam patinar na busca de sua taça de campeão, talvez sentido a pressão psicológica de seu companheiro que mostrava-se surpreendentemente veloz e aguerrido.

No fim, de maneira apoteótica, Vettel venceu Alonso e Webber na disputa pelo título e passou a imagem que na F1 o bem (Red Bull) pode vencer o mal (Ferrari e suas ordens de equipe), o que pode ser uma maneira simplista e até inocente de enxergar a F1, mas que certamente vem muito a calhar para a imagem da categoria como esporte.

Nessas horas quem tem, uma vez mais, uma boa base do carro do ano anterior e um engenheiro criativo e arrojado como Newey pode ser dar bem. De novo.