E nada melhor que colocarem na pista seus pilotos titulares, pois eles mais do que ninguém poderão avaliar o comportamento do carro que tão bem conheceram ao longo das dezenove etapas desse ano e comparar diretamente com o comportamento dele com os antigos pneus em todas as suas etapas de desgaste. Por isso as equipes estão dando também atenção em medir as diferenças aerodinâmicas do carro com os dois tipos de pneus, por mais parecidos que eles sejam ao olhar destreinado. Outro fator ainda considerado pela fabricante de pneus nesses testes de Abu Dhabi, além de aferir o desgaste em si dos pneus, é se certificar da resistência estrutural deles quando submetidos à utilização de vinte e quatro diferentes pilotos, com seus diferentes estilos de pilotagem e onze equipes, cada um com seus carros e projetos com diferentes comportamentos, reações e tendências, para evitar um fracasso vergonhoso como o da Michelin ocorrido em pleno GP de Indianápolis em 2005.
E quais foram os primeiros resultados? Segundo Nico Rosberg, os Pirelli "são iguais os piores que os Bridgestone" pois seriam, ainda segundo o piloto, significativamente mais lentos e com degradação maior. Mas isso não é necessariamente ruim, caro leitor. Primeiro porque quanto à velocidade, tanto o fabricante como as equipes podem evoluir muito no entendimento dos compostos até o inicio do ano que vem, especialmente se considerarmos que os carros novo levarão em conta os dados da Pirelli e não mais da Bridgestone, como hoje.
Em segundo lugar porque essa característica (degradação) será comum a todas as equipes e com isso haverá mais emoção na corrida, com os pilotos tendo que segurar os carros "no braço" no fim da vida útil dos pneus e também influenciará a escolha de estratégias de pit-stops nas corrida, o que é certamente bom para o público.
