sábado, 18 de fevereiro de 2012

O adeus de Trulli

E lá se foi Jarno Trulli, 37 anos, 252 GP'S, 1 vitória (em 2004 no principado de Mônaco, na imagem do meio), 4 pole-positions marcadas, 11 pódios alcançados. Foi o último piloto italiano no grid, deixando a terra da bota sem um representante pela primeira vez em mais de 40 anos. Triste.

Numa fórmula 1 onde o dinheiro pesa cada vez mais, veteranos assalariados são as vítimas da vez. Os primeiros a tombarem, é verdade, foram e sempre serão os pilotos de pouca experiência e sem dinheiro por trás, mas depois deles mesmo os de grande experiência estão sendo degolados pelo denominador comum: falta de patrocínios. E isso atinge pilotos com grande potencial e/ou qualidades comprovadas, como Hulkenberg em 2011 e Barrichello nesse ano podem atestar.

Trulli se junta aos rifados a contra gosto. Ok, muitos arguirão que ele já estava desmotivado, levando tempo do Kovalainen, o que pode até ser verdade, mas não se engane: comparado a ele, Petrov não é grande coisa, por mais jovem e motivado que possa estar. O russo entrou pela política, já que interessa a Bernie Ecclestone ter um representante do pais que receberá um GP em 2014 e esta gastando os tubos na construção da pista, e com a política vem o dinheiro de patrocínios, exatamente num momento em que a fórmula 1 está especialmente sensível a esse encanto, com mais da metade das equipes de seu grid com o pires na mão.

Enfim, acabou para o homem de Pescara. A imagem do topo é o carro de sua estreia, a Minardi M197 de 1997. O carro abaixo é o de sua despedida, o Caterham CT-01, que ele testou em Jerez enquanto o cheque de Petrov ainda não havia pingado na conta da equipe, resultando num agridoce presente de despedida para o italiano: conhecer o carro de 2012 pela distância de quase 2 GP´S, que ele nunca viria a disputar.

Quando teremos outro piloto italiano na F1? Com base no que o próprio Trulli falou hoje em sua despedida somado à atual crise financeira europeia, deve demorar um tanto.