segunda-feira, 26 de julho de 2010

Barrichello tira sarro dos outros pilotos - o outro lado

Independente de toda a polêmica da Ferrari, Barrichello ontem teve mais um dia de humor. Seu ex-companheiro de Brawn GP Jenson Button teve presença de espírito para usar a camiseta que recebeu de seu amigo brasileiro. Enquanto a camiseta que Barrichello usou mostrava a frase "Eu bati o Stig", a que ele deu a Hamilton, Webber e Button tinha os dizeres "Eu NÃO bati o Stig", Veja:

Ressaca do dia seguinte

Depois de todo o dissabor de ontem com a marmelada Ferrarista (também houve uma marmelada da Formula Indy, tirando a vitória merecida de Helio Castro Neves), já fico imaginando o descrédito que Felipe sofrerá a partir dessa semana.

Em suas declarações posteriores, Massa disse não temer a repercussão negativa entre os torcedores brasileiros, pois acredita que eles lembrarão do Massa guerreiro que disputou o título de 2008. Engana-se. Para alguns temas, povo é conhecido por ter memória curta (ao que os políticos agradecem), mas quando se trata de avacalhar, espezinhar e fazer piada, o povo tem memória afiada (ao que Barrichello lamenta).

Grande parcela brasileiros que assiste F1 não gosta realmente da corrida, gostam sim é de ver brasileiros ganhando, pois incutiram que o prazer da competição não está na competição em sí, nas maravilhas técnicas que aqueles pilotos são capazes, no máximo apuro aerodinâmico e mecânico aqueles carros representam na pista, os 24 melhores e mais caros carros do mundo. Isso se deve em parte parte ao bombardeio de algumas emissoras que vinculam diretamente a atratividade da competição a presença brasileiros no lugar mais alto do pódio, como se os demais pegas na pista fossem menos interessantes, arriscados ou meritórios. O brasileiros se acostumaram a Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e especialmente a Ayrton Senna, o mais mediático dos multicampeões brasileiros.

O problema é esse: O tempo passou, as circunstâncias mudaram, a Formula 1 mudou, mas os hábitos do brasileiro não mudaram, alimentados pela eterna esperança de um mega-piloto que ganha tudo contra todos, que peita seu chefes de equipe (mas o brasileiro que quer isso não peita o seu próprio chefe no escritório) e que não veio, pelo menos não do Brasil.

Essas expectativas que Massa frustrou. Expectativas tão enormes que seu talento não teria condições de corresponder, especialmente contra um rival que se mostrou mais poderoso dentro da própria equipe, Fernando Alonso. Massa obedeceu ordens sim podia ter peitado? Sim, mas ia se ferrar com a equipe, então aceitou e se ferrou com o Brasil.

Agora ele se encontra num limbo que já teve Barrichello como hóspede. Um passou a bandeira para o outro no ideário de fracasso nacional. Barrichello depois da polêmica austríaca de 2002 já mudou de equipe algumas vezes, ganhou corridas e hoje, se não tem o prestígio de antes junto ao brasileiros, ao menos recuperou parte de sua paz como piloto, talvez até por já não ser tão cobrado (a cobrança estava em Massa). Vamos ver como Felipe se recupera, como será seu futuro na Ferrari atualmente dominada por Alonso, se terá futuro nela ou assim como Rubens, só será feliz de novo numa nova equipe.