quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Bruno Senna e a Campos

Olá meus amigos

Enquanto ouço um belo "Yodel" Tirolêz, penso sobre a situação de Bruno.
Aqui no Brasil, não sabemos, obviamente, de todos os fatos e desdobramentos que acercam o futuro de Bruno, mas pelo que leio na imprensa brasileira, italiana e inglesa (e leio bastante), a Campos está com a corda no pescoço, e pelo que dizem, o laço já está apertando.
O problema seria falta de dinheiro. Adrian Campos teria apostado todas as suas fichas no carisma que o sobrenome Senna desperta, aliado aos prognósticos positivos da carreira de Bruno, que tem potencial para "chegar lá".

Ocorre que por mais que essa vertente comercial seja de fato atraente, Adrian teria confiado demais nesse item, achando que Bruno, sozinho, seria um catalisador de muito dinheiro a curto prazo. Não é, pelo menos não a curto prazo. E nem teria como ser, pois ele está no início de carreira e seus eventuais patrocinadores apostam proporcionalmente a esse fato, ele não tem como levantar patrocinadores do mesmo vulto de Alonso, Schumacher, etc, que já "chegaram lá" e se estabeleceram.

Adrian também teria apostado em um segundo piloto pagante, como o russo Vitaly Petrov, o veterano espanhol De La Rosa e o venezuelano Maldonado. Petrov foi, inclusive, um dos primeiros candidatos cortejados para essa vaga, mas preferiu se endividar para apostar na maior experiência e solidez da Renault. De la Rosa preferiu (ou foi preferido) a BMW-Sauber, aliado ao fundamental fato de que não disporia do dinheiro que a Campos teria exigido. Sobrou Maldonado, mas desse, pouco se falou desde o ano passado.

Depois disso, foi ventilada a hipótese de Tony Teixeira, dono da extinta e quase-falida categoria A1GP, tornar-se sócio ou mesmo comprador da Campos. Essa história também perdeu força e silenciou.

Com isso a Campos que comprometeu-se publicamente a apresentar o companheiro de Bruno antes do Natal, chega a 10 Fevereiro em silêncio e rodeado de incertezas, pior, hoje está iniciando a segunda etapa de testes de inverno da formula 1 na Espanha, com 10 equipes presentes, inclusive a novata Virgin GP de Lucas Di Grassi, e lembrando que amanhã é a novata Lotus mostrará à imprensa o carro que Kovalainen e Trulli irão dirigir, e nada da equipe Campos.

Para coroar a tensão, havia a expectativa que o "Pacto da Concórdia" (regras definidas para o campeonato em comum acordo entre as equipes e a Federação Internacional de Automobilismo - FIA) permitisse que equipes estreantes pudessem faltar a até 3 etapas do campeonato, tempo que seria usado para tentar viabilizar financeiramente as faltosas. Pois bem, hoje a FIA veio a público dizer que não existe essa hipótese.

A situação é realmente preocupante, mas tenho certeza que Bruno, que é muito inteligente, bem assessorado e - sobretudo - respeitado como piloto, está se mexendo, seja para ajudar a viabilizar a Campos, seja procurando um "plano B" como a Stefan GP, equipe ainda não inscrita e que quer correr com o carro 2010 projetado pela extinta Toyota, ou ainda conseguindo uma vaga como piloto de testes de alguma equipe estabelecida.

Temos que aguardar, creio que em menos de 1 mês teremos a definição para toda essa sinuca de bico, até lá é torcer, e isso fazemos bem.