sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Balanço da temporada: Hispânia

De longe o pior carro do grid e com uma equipe composta largamente de mecânicos e engenheiros oriundos da equipe de DTM de Colin Kolles, que também aluga suas instalações para "segurar as pontas" da equipe ainda sem sede,a Hispania conseguiu a proeza de passar o ano inteiro sem desenvolver seu carro.

A asa usada em Mônaco era a mesma de Monza, só para demonstrar a falta de recursos da equipe, que brigou com a sua fornecedora de chassis Dallara e ficou sem ter como atualizar seu carro. Como se isso não bastasse, seu enrolado dono não colocou dinheiro suficiente ao longo do ano e a equipe se viu obrigada a recorrer a pilotos pagantes, com excessão de Bruno Senna com quem ja tinham um contrato. Começou com Chandhok que não levou o dinheiro esperado e foi dispensado após o meio do ano. Aí veio Yamamoto e quando esse teve sua fonte drenada, Christian Klien que tinha menos dinheiro mas mais experiência e todos indistintamente comeram o pão que o diabo amassou num carro instável, frágil e lento, chamuscando a imagem de pilotos rápidos que queriam passar.

Termina o ano onde começou, no fundão e sem boas perspectivas, especialmente depois que a Toyota, tida como sua parceira em 2011 para a criação e desenvolvimento do carro veio a publico dizer que não tinha mais nada a ver com os espanhóis porque tinham levado calote.

A cada dia que passam diminuem suas chances de alinhar no Bahrein em 2011, pois enquanto a maioria das equipes já está nos detalhes finais da concepção de carro do ano que vem, ja inclusive construindo as peças, a Hispânia sequer sabe a quem recorrer para projetar o seu. Colin Kolles está com uma enorme batata quente nas mãos, mas a vaga da equipe na F1 que é a coisa mais valiosa que tem, pode ser um trunfo interessante se conseguir a proeza de achar um parceiro a tempo.