quarta-feira, 7 de agosto de 2013

As férias da Force Índia

Enquanto a Fórmula 1 está de férias, os mecânicos da Force Índia passam seu tempo livre como podem! Paul Di Resta e Adrian Sutil certamente já pensam com onde poderão correr em 2014. O escocês querendo alçar vôos mais altos e o alemão em manter-se na categoria.

Domenicali, o questionável líder da Ferrari

Stefano Domenicali assumiu como chefe da equipe Ferrari em 2008, quando o francês Jean Todt saiu da equipe para cuidar de sua vida, antes de voltar como presidente da FIA.

Naquele mesmo ano em que assumi o a chefia da equipe (antes era o diretor esportivo), a Ferrari conquistou o campeonato de construtores, com Felipe Massa quase sendo campeão do mundo escudado pelo então campeão Kimi Raikkonen e tudo parecia muito bem.

Só que as regras técnicas para a temporada seguinte mudaram completamente e se o carro de 2008 era uma evolução do campeão usado em 2007, nascido na gestão de Todt e sob um conjunto de regras estáveis, o novo carro de 2009 era o primeiro projeto completamente novo da equipe agora liderada pelo italiano e o resultado foi dos mais decepcionantes, com apenas uma vitória na turbulenta temporada que ainda viu Felipe Massa se acidentar e ficar fora do sua metade final.

Em 2010 veio o F10, outro projeto novo, visto que o anterior era simplesmente ruim e era mais curto, já que tinha o tanque de combustível bem menor para contemplar os reabastecimentos agora proibidos. Esse carro foi bem melhor e a equipe ganhou 5 corridas no ano, mas não conseguiu levar o título, ficando com a 3ª posição na tabela de pontos, dominada com folga pela Red Bull.

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No ano de 2011 o novo modelo da Ferrari, o 150 Itália teve ainda menos desenvoltura no campeonato, só vencendo uma única corrida enquanto a Red Bull levou nada menos que 11, terminando uma vez mais na 3ª posição no campeonato de construtores.

Veio 2012 e com o novo ano, um novo carro, no caso um carro que nasceu muito ruim e foi evoluindo ao longo do ano, onde ganharam 3 corridas na primeira metade do ano, mas que ainda assim não chegou aos pés da rival Red Bull, que no cronômetro continuava fazendo carros superiores.

Agora veio 2013, o F138, começou o ano muito promissor, mostrando-se um competidor que poderia aspirar um enfrentamento com o RB9 de Vettel, mas... - e sempre tem um "mas" na Ferrari dos últimos anos - o carro foi perdendo competitividade corrida a corrida, terminar no pódio, mesmo para Alonso foi se tornando cada vez mais difícil e as classificações mostraram-se particularmente desalentadoras. Some-se a isso as constantes desculpas de que "o túnel de vento está descalibrado" e "as atualizações não funcionaram como o esperado", obrigando-os a migrar para o da Toyota, mas que já também estaria sob suspeita...

E o que podemos concluir desse quadro todo? Que sob a gestão de Stefano Domenicali a Ferrari jamais se encontrou verdadeiramente na posição de ter o melhor carro, como na gestão Todt/Brawn, por mais que tenha contado com Kimi Raikkonen e Fernando Alonso para pilotar e nomes técnicos importantes como Pat Fry, Loic Bigois, Martin Bester, Ben Agathangelou e mais recentemente James Allison, que ainda não teve tempo para produzir.

Depois de tantas cabeçadas, o que vem o dirigente dizer sobre os reiterados decepcionantes resultados das últimas etapas (onde já perderam a vice-liderança para a Mercedes e veem o 3º posto acossado pela Lotus)? "Nós não sabemos exatamente qual é o problema, parece que perdemos a vantagem que tínhamos em ritmo de corrida no começo do ano."

Será que a Ferrari não cogita que um dos problemas pode ser exatamente o seu chefe?

Eu não estou aqui afirmando categoricamente que o problema, é Stefano Domenicali ou apenas ele, mas que diante de um quadro de tantos insucesso e onde a principal peça de ligação entre tantas variáveis é ele, a Ferrari deveria examinar com muito mais severidade essa possibilidade, já que mesmo cercado de todos esses recursos não conseguem conceber um projeto vencedor, e o papel do chefe da equipe é exatamente esse: garantir a excelência em todas as áreas, especialmente numa equipe onde o dinheiro é tão abundante, para vencer o campeonato...