terça-feira, 30 de novembro de 2010

Balanço da temporada: Lotus

Melhor novata de 2010, a equipe Lotus de chefiada por Tony Fernandes e Mike Gascoyne produziu um carro bastante conservador, mas nem por isso ruim. Seus experientes pilotos Heikki Kovalainen e Jarno Trulli mantiveram a equipe quase o ano todo como a mais rápida das estreantes, garantido entre outras coisas o valioso 10 lugar entre os construtores desse ano, o que garantirá para o ano que vem transporte gratuito de todo o equipamento da equipe para as 20 etapas do mundial.

Como todas os times novos, foi imposta à Lotus o sofrimento com a pouca confiabilidade de seus sistemas hidráulicos fornecidos pela X-Trac que Max Mosley empurrou-lhes goela a baixo quando da concessão de suas vagas na Formula 1. Além disso no começo do ano o desempenho dos motores Cosworth (outra imposição de Max para as novatas) deixou um pouco a desejar sobretudo depois de mais desgastados quando perdiam potência. Felizmente ao menos quanto a perda de força dos motores, ao longo do ano acabaram esses problemas .

Conclusão? Para 2011 dispensaram os dois fornecedores acima em prol de parcerias com a Renault, para fornecimento de motores e com a Red Bull, para disponibilização de sistemas hidráulicos e câmbio, tudo na esperança de dar um grande salto no próximo ano em busca da ambiciosa 8ª colocação no campeonato de construtores, que esse ano ficou com a Sauber.

Só que no fim do ano algumas coisas desandaram. O uso do nome "Lotus Racing", por exemplo está em litígio com os donos da Lotus Group, que produzem carros esportivos e que buscam comprar parte da atual equipe Renault e batizá-la com o nome disputado. Ocorre porem que o nome "Team Lotus", que era da família de James Hunt, foi comprado por Tony Fernandes, que quer usá-lo no ano que vem no já anunciado lay-out preto e dourado dos carros remtendo aos anos de patrocínio da JPS. Enquanto essa disputa parece longe do fim, a da disputa por uma das vagas na equipe, alegadamente a do veterano italiano Jarno Trulli, também não parece tão proxima de ser finalizada. o cockpit dele está sendo disputado pelos ex-Williams Nico Hulkenberg, ex-Hispânia Bruno Senna, e alguns novatos com algum dinheiro no bolso.

Em suma, os méritos da equipe foram fazer um carro razoável, reviver com boas sacadas de marketing o nome Lotus e mostrar a potenciais investidores que se trata de uma equipe séria, que tem planejamento de longo prazo e uma estrutura pequena mas com potencial técnico e que pretende crescer e se estabelecer na Formula 1.

Que venha a temporada 2011, seja com o nome ou cores que vierem, pois a boa base inicial permanece.