quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Bentornato Kimi!


Alonso e Raikkonen funcionarão juntos?

Com Raikkonen sendo anunciado na Ferrari ao lado de Fernando Alonso no lugar Massa, fica a pergunta: Como essa dupla funcionará?


Fernando Alonso sempre foi conhecido por ser centralizador e não reagiu nada bem quando viu sua condição de número um contestada por Lewis Hamilton na única e tumultuada temporada que dividiram na McLaren e a possibilidade disso voltar a ocorrer numa Ferrari com dois campeões é grande.

Certamente algumas coisas mudaram em relação a 2007: Alonso aprendeu na prática como essas cismas acontecem e agora já tem as ferramentas mentais para evitar ou ao menos amenizar repeticões. Mais do que isso, o tempo passou, Alonso não é mais o recém coroado campeão cheio de vontade de levar o troféo novamente e tido como imbatível.

Alonso hoje não tem mais 26 anos e sim 33, sabe que seu ápice físico não vai durar muito mais e sabe também que quando largou a McLaren e voltou para a Renault no ano seguinte, ficou longe de disputar o título e como hoje que as equipes competitivas estão fechadas com seus atuais pilotos, um grande conflito interno só o prejudicaria na Ferrari, por onde andaria com a imagem arranhada e que hoje representa sua única chance de tentar ser campeão novamente, lembrando que a equipe não tem poupado esforços para contratar técnicos gabaritados para isso.

Se don Fernando criar uma tormenta com o tranquilo Kimi, periga ter que retornar em 2015 para a Lotus, que hoje não apresenta condições financeiras nem técnicas (perdeu seu grande nome da área, James Allison exatamente para a Ferrari) para disputar o título, exatamente a razão que levou Raikkonen a trocá-la pela antiga casa.

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Ainda assim, como vimos esse ano, o temperamento de Alonso é muito explosivo e criou as rusgas que todos sabemos na equipe, o que levanta a questão: Será que mesmo tendo aprendido e amadurecido com seus erros e experiências anteriores e sabendo que não pode se dar ao luxo de perder mais tempo, Fernando terá a frieza e autocontrole para não perder a mão da equipe ao ter que dividí-la com outra estrela no ano que vem, acentuando o azedume e jogando-a no colo de rival interno?

Do lado de Raikkonen também fica uma questão interessante ele sempre deixou claro que não gosta de participar de eventos de patrocinadores nem de longas reuniões técnicas, por isso adorava a liberdade que a Lotus lhe dava nesse e aí é que a coisa pode pegar: será que na Ferrari ele terá essa paz e tempo para si que tanto aprecia e que parece lhe ajudar a render mais, sendo que ano que vem, a atenção dos pilotos será fundamental para a equipe desenvolver o novo carro e motor gerados a partir de um regulamento técnico totalmente novo?

Uma coisa é certa, com dois pilotos tão aguerridos e regulares, as chances de um pontuar muito menos que o outro, como acontece atualmente, são muito pequenas e é exatamente nisso que a Ferrari aposta para tentar voltar vencer o campeonato de construtores que tem lhes escapado sistematicamente há anos.

Caso nenhum dos dois pule do barco antes do tempo, também convém lembrar que o compromisso entre Raikkonen e a Ferrari vai até 2015 (1 ano + 1 ano), exatamente quando termina o contrato de Vettel com a Red Bull e muitos no paddock acreditam que o alemão poderia seguir para a Ferrari com quem já teria até um pré contrato.

Mas enfim, só o tempo dará as respostas para essas e outras perguntas, mas todos já estão ansiosos para ver como se equacionará esse embate entre dois galos num mesmo terreiro, sobretudo as equipes rivais que adorariam uma cisão interna para enfraquecer a sempre poderosa rival Ferrari.