
Hoje resolvi lembrar de um dos raros casos de equipe grande que tiveram apenas uma temporada de parceria com uma fabricante de motores, no caso a McLaren com a Peugeot em 1994. Na verdade o mesmo havia ocorrido em 1993 quando a mesma equipe correu com os motores Ford por apenas um ano, mas o caso era diferente, já que eram uma equipe cliente, como também eram Lotus e Minardi, não parceira única como no caso com os franceses.

A parceria entre eles começou no fim de 1993, quando insatisfeitos com o tratamento secundario recebido pela Ford a McLaren foi a cata de novos parceiros. Chegaram a testar com Senna e Hakkinen o V12 da Lamborghini (como mostrei
AQUI), mas o maior poder econômico do conglomerado Peugeot e a expectativa de que a rivalidade com a Renault alimentaria um desenvolvimento mais rápido acabou por fazer Ron Dennis optar pela marca do leão.
Curta a página do BLOG no FACEBOOK clicando AQUI e siga-me no Twitter: @inacioF1
O carro dessa temporada era o MP4/9, uma versão atualizada do MP4/8 que levou Senna ao vice campeonato na temporada anterior e os pilotos foram Hakkinen e Brundle, que não puderam fazer muita coisa com os constantes problemas de confiabilidade que o motor 3.5 V10 modelo A4 de 700 cavalos apresentava em treinos, classificações e corridas. Mais tarde na temporada estreou a versão A6, com 60 cavalos a mais e os mesmos problemas de confiabilidade, que só foram um pouco atenuados no final da temporada quando a relação entre a equipe e o
 |
Prost testa a combinação McLaren-Peugeot na pré-temporada |
fabricante já estava bem desgastada, em parte também porque os franceses pressionaram pelo reserva conterrâneo Phillip Alliot desde o começo do ano para o lugar de Brundle, uma interferência que deixou Ron Dennis p. da vida.
No final do ano a equipe amargou sua primeira temporada sem vitórias em 14 anos e trocou a Peugeot pela Mercedes-Benz, com quem permaneceria por mais de 20 anos até hoje (em 2015 deve voltar a Honda). Aos franceses, restou a união à Jordan e depois à equipe Prost, numa rota descendente até a venda da sua divisão de motores de corrida para a preparadora Asiatech, que fecharia em 2002.