segunda-feira, 19 de maio de 2014

A batida de Kurt Busch

Kurt Busch, grande nome da Nascar que se classificou para disputar as 500 Milhas de Indianápolis nesse próximo fim de semana pela equipe Andretti, bateu forte nos treinos de hoje após perder o controle da traseira de seu carro e atingir o "soft-wall" (um muro especialmente projetado para deformar e absorver melhor as pancadas), quando terminava de percorrer uma curva a cerca de 350 Km/h - a média do tempo da pole ficou acima dos 370.

Felizmente seu carro desgovernado não teve o fogo inicial alastrado e não foi atingido por nenhum dos outros competidores que vinham embalados na sequência e sua roda solta também não atingiu ninguém na pista.

O piloto sai andando do carro e já foi examinado pelos médicos, que declararam que ele está bem, devendo correr normalmente no domingo. Mas a pancada foi forte e assustou, como você pode conferir nesse vídeo abaixo:

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O nebuloso futuro de Alonso

Montagem da F1 Pulse. Bem que Alonso queria!



Fernando Alonso está numa situação bastante complicada: aos 32 anos de idade, 8 sem ganhar um título, para onde o espanhol iria naquele que provavelmente seria última mudança de equipe? Mais do que isso: onde haveria espaço para ele no grid de 2015?

Ele teria um contrato com a Ferrari até 2016 e essa é uma das equipes mais fortes do grid e a mais tradicional delas, mas ano após ano os italianos religiosamente fracassam em projetar um carro realmente competitivo e esse ano, além de outro carro inferior aos dos rivais, parece que nem o novo motor é grande coisa e a paciência dele com esses seguidos erros vai acabar, com razão.

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Dizem que ele andou sondando novamente a Red Bull, mas parece altamente improvável que dispensem o tetracampeão Sebastian Vettel ou o surpreendente Daniel Ricciardo, com quem tem contratos razoavelmente longos. Alonso também já teria se oferecido para a Mercedes, mas estes parecem bastante satisfeitos com Hamilton e Rosberg, além disso seria improvável que ficassem sem ao menos um piloto alemão e que esse saísse justamente para a chegada do maior rival que Hamilton já teve.

A Lotus é carta fora do baralho, pois por mais que esteja aos poucos melhorando a competitividade do seu E22, ainda está longe de ser uma equipe forte, desfalcada que foi de seus maiores talentos técnicos e tem que recorrer a pilotos como Pastor Maldonado para inteirar seu orçamento e mesmo assim a situação financeira não inspira muita confiança para um piloto que quer voltar a disputar títulos.

A Williams parece ter um ano melhor, com patrocinador grande e equipe técnica reforçada, mas dada a última década onde o meio do grid era a realidade, quando não o fundo dele, ainda não tem a solidez necessária para ser realmente uma opção a ser considerada para um piloto com as ambições de Fernando Alonso.
Sempre ficando pra trás atrás de carros melhores
Se nada mudar no jogo de forças e relação entre equipes e pilotos no grid, a única alternativa que sobra para o bicampeão seria a McLaren, isso supondo que tanto ele como Ron Dennis tenham evoluído magicamente como seres humanos a ponto de realmente terem superado o entreveiro de 2007, quando tudo deu errado entre eles. Mas essa equipe, como vemos, também não está em uma boa fase pelo segundo ano seguido e por mais que a Honda e seu apoio econômico estejam para chegar, nada garante que o carro de 2015 seja um vencedor - o atual, com os ótimos motores da Mercedes, nem pontuar consegue.

Assim, da a falta de vagas nas equipes mais competitivas, Alonso tem que pensar muito se vale a pena insistir com os italianos ou se os ingleses seriam realmente uma opção mais interessante, pois estando no ápice de sua velocidade e técnica, sua forma não vai durar muito mais e se ele fizer a escolha errada, poderá se ver atrelado novamente - ou ainda, a uma equipe que só lhe permitirá correr atrás de rivais mais bem equipados até o ocaso de sua carreira.

Morre o tricampeão Jack Brabham

Foto de ontem
Morreu nessa segunda-feira, dia 19 de maio, na Austrália o tricampeão mundial Jack Brabham, único piloto da história da categoria a conquistar um título de Fórmula 1 pilotando um carro de sua própria equipe. Brabham tinha 88 anos e era o ex-campeão mais velho ainda vivo. Jack, além dos 3 títulos mundiais (1959, 1960 e 1966), conquistou 14 vitórias, 13 pole positions, 12 voltas mais rápidas e 31 pódios em 128 corridas disputadas entre as temporadas de 1955 e 1970 (elas eram bem mais curtas, com cerca de 10 etapas em média), quando se aposentou da Fórmula 1 e do automobilismo.
Jack e seu primeiro F1 - Foto correta enviada pelo leitor Renato Breder!

A equipe que criara usando seu próprio sobrenome, entretanto, continuou na Fórmula 1 até 1992, ganhando mais 3 títulos de pilotos além do seu próprio (1966), em 1967 com seu então companheiro Denny Hulme e em 1981 e 1983 com o brasileiro Nelson Piquet ao volante, quando a Brabham já era administrada pelo seu novo dono, Bernie Ecclestone.

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Em 1970 aos 44, sua última temporada, empatou com Jackie Stewart na pontuação
Sir Jack Brabham - foi nomeado cavaleiro da Rainha em 1978 - também participou em 4 ocasiões das 500 Milhas de Indianápolis e de vez em quando ainda acelerava seus antigos carros em eventos espaciais, como em Goodwood 2004 (última foto abaixo). Ultimamente, entretanto, estava sofrendo de uma doença nos rins desde 2009, quando iniciou um tratamento de hemodiálise. Sua última aparição pública havia sido ainda ontem, no dia 18 de maio num encontro de carros de corrida antigos (essa primeira foto no topo do texto). Ele morreu enquanto tomava seu café da manhã hoje cedo ao lado de sua esposa.