segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Force-Índia bate o martelo, resta ser reserva

Leio que o Jornal suíço "Blick" cravou Adrian Sutil e Paul di Resta como sendo os pilotos titulares da Force-Índia esse ano. Será um "line up" 50% Alemão 50% Escocês para a escuderia Indiana. Aparentemente conseguiram se livrar do contrato que Liuzzi teria garantindo assento esse ano. Sutil ficar já era até previsível, pois ele tem 3 temporadas de experiência, é rápido e trás 2 milhões no bolso.

A outra vaga entretanto era disputada pelo trio Ítalo-Germânico-Escocês: O italiano Vitantonio Liuzzi, que tinha contrato válido para esse ano e mostrou-se um grande piloto nas categorias de base mas que nunca realmente confirmou isso na F1 e pelos alemães Nico Hulkenberg, promessa alemã que depois de uma estreia fraca reagiu e teve um bom primeiro ano na Williams mas foi dispensado em favor do talento de "Pa$tor" Maldonado e Paul di Resta, atual e rápido piloto de testes da equipe e protegido da Mercedes, por quem foi campeão da DTM em 2010.

Ao que tudo indica a Force-Índia escolheu di Resta com base em seu potencial e no desconto que obteriam nos pagamentos pelos motores Mercedes-Benz com que correm. Esse desconto pode ter sido bem vindo, por exemplo, para pagar a multa contratual do italiano.

Mas o que mais me chama atenção é que Hulkenberg seria o piloto reserva da equipe. O rápido Hulk mero piloto reserva? E de uma equipe média? Hum... Isso reforça como as coisas estão feias para pilotos sem dinheiro na F1. Isso também serve para mostrar como a luta silenciosa de vários pilotos como Lucas di Grassi e Bruno Senna para conseguir uma simples vaga de piloto reserva numa equipe boa é mais encarniçada do que muitos pensam, mesmo estando essa função praticamente sem uso e com pouco futuro na F1 sem testes da atualidade.

Raio X Williams-Renault 1997

Último carro projetado por Adrian Newey na Williams, não por acaso foi o último carro da equipe a vencer o campeonato de construtores e pilotos em 1997. Quando o ano começo o projetista já não trabalhava mais na fábrica e recebia para ficar em casa enquanto os advogados da Williams e da McLaren se degladiavam acerca da data exata do término do contrato que o impedia de já trabalhar para Ron Dennis. Em agosto Adrian foi finalmente para a McLaren, que seria campeão com folgas no ano seguinte.

Sobre o FW19, ele era uma nítida evolução do FW18 que acabara de ser campeão com o dispensado Damon Hill. Apesar da Renault ter avisado que deixaria a F1 no final desse ano, as evoluções do motor 3.0 V10 RS9/RS9A e RS9B não diminuíram e permaneceram competitivas e atualizadas até o último GP, sendo 14mm mais baixo e 11 quilos mais leve que os motores utilizados em 1996. O novo carro também tinha agora um cambio mais compacto e sistema de refrigeração revisto, isso sem falar nas modificações realizadas durante o ano nos braços de suspensão que precisaram ser fortalecidos para aguentar freios cada vez mais fortes e pequenas modificações na asa dianteira. Além disso introduziram um sistema eletrônico de balanceamento de frenagem, previsto para estrear apenas em 1998 mas que teve uma versão mais simplificada usada a partir do GP de Monza.

O carro sofria entretanto, de uma tendência de baixar de frente nas frenagens que atrapalhou um pouco seus pilotos, sobretudo em condições de pista molhada onde o ajuste do carro tinha que ser "amolecido", facilitando ainda mais essa tendência, mas nada que impedisse a equipe de conquistar seu 9º título de construtores e ver seus piloto Jacques Villeneuve Campeão Mundial de Pilotos daquele ano e Heinz-Harald Frentzen 3º colocado.

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