quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Balanço da temporada: Mercedes

Consagrada campeã de construtores em 2009 e tendo seu piloto levada também o título de pilotos, a Brawn GP foi comprada com grande alarde pela montadora Mercedes Benz. Sua primeira contratação foi Nico Rosberg, que faria dupla com Jenson Button, só que esse preferiu ir para a Mclaren onde acreditava que encontraria um equipamento ainda melhor e um desafio novo em sua carreira.

Com isso o novo time foi atrás de sua nova estrela, a maior do automobilismo alemão e amigo do chefe de equipe Ross Brawn: Michael Schumacher.

Com o heptacampeão aceitando voltar à F1 pela atual equipe campeã criou-se uma enorme expectativa de que estariam reunidos novamente todos os ingredientes para disputar o título de 2010.

Só que não foi isso que se viu. O fato da equipe ter corrido 2009 com um orçamento bem menor do que suas rivais mais fortes e disputar o título até a penúltima etapa do mundial, consumiu recursos financeiros, técnicos e tempo que já poderiam estar sendo usados na concepção do carro 2010. Com isso o carro nasceu mais cru e com menos refinado do que seus rivais, não se adaptando tão bem aos novos pneus dianteiros mais estreitos, entre outros.

Além disso, a principal aposta do time - Schumacher, sentiu o peso de estar inativo por 3 anos, demorando a pegar o ritmo de um GP e mesmo conseguir extrair o máximo do carro em uma volta lançada, que era seu forte. Acrescente a isso o fato do carro ter sido concebido para o estilo de pilotagem de Button, completamente diferente do seu (com tendência a sair de frente, ao invés de sair de traseira como prefere) e ao orçamento ainda não tão grande a ponto de possibilitar modificações profundas ao longo da temporada. Ah, e isso pra não esquecer que os testes eram limitados na pré-temporada e proibidos ao longo do ano, o que não ajudou em nada na ambientação do veterano piloto alemão.

Com todos esses fatores quem acabou se destacando foi o de certa forma subestimado Rosberg, que estava completamente ativo nos últimos anos de F1 e preparado para extrair o máximo de seu carro, chegando ao pódio algumas vezes durante o ano, sobretudo no começo do campeonato quando o carro estava com seus desempenho mais próximo ao dos carros líderes Red Bull, Mclaren e Ferrari.

Para 2011 a expectativa é que o carro nasça mais ao gosto de Schumacher, que estará mais adaptado à F1 e podendo medir-se com o fortalecido Rosberg num ambiente de aparente igualdade de condições naquela que poderá ser sua última temporada na F1 caso decepcione novamente. A equipe em si dispõe agora de um orçamento maior para poder encostar técnicamente em suas rivais e começou a pensar no carro do ano que vem com muito mais antecedência, podendo finalmente meter-se, como se esperava esse ano, numa encarniçada quadriplice disputa pelo título.