terça-feira, 22 de abril de 2014

Os perigosos tropeços da Williams


Uma das equipes que mais evoluiu do ano passado para esse foi, definitivamente, a Williams. A equipe de Felipe Massa e Valtteri Bottas que no ano passada fazia um esforço hercúleo para tentar chegar na zona de pontos nessa temporada vem pontuando com facilidade, graças a um carro e um motor mais evoluído do que grande parte de seus rivais, mas seus resultados estão sendo prejudicados todas as corridas.

No GP da Austrália o azar a afobação tiraram pontos importantes da equipe, com Felipe Massa sendo tirado da corrida logo na primeira curva por um Kobayashi sem freios (azar) e Bottas cometendo um erro ao estampar sua roda traseira no muro, tendo que parar em seguida com o pneu furado e uma roda quebrada (afobação). Ainda assim conseguiu chegar em um bom sexto lugar. Não tivesse ele batido e Massa continuado, a probabilidade de marcar mais pontos e quem sabe até um pódio era grande.

Depois, na chuvosa Malásia, seus dois carros sofreram para conseguir um desempenho melhor por falta de pressão aerodinâmica na traseira do carro, o que prejudicava a tração nas saídas de curva e assim a aproximação aos rivais à frente, mas nesse caso não houve erro propriamente dito, é mais uma característica do carro que limitou os ganhos nessa etapa - e os rivais agradecem.


Quando chegou a etapa do Bahrein o azar se fez sentir novamente, com um Safety-car jogando Massa e Bottas mais para trás de onde poderiam chegar graças ao momento em que ele veio em relação às paradas de box. Azar puro e simples, mas nesse trecho  final o carro também não conseguiu fazer frente às Force Índia e Red Bull.

Aí quando chegamos na China, última etapa, o azar e a afobação jogam mais uma vez no campo da equipe. Azar nos dois toques na largada, com Massa e Bottas sendo envolvidos em encontros pouco amistosos com adversários e assim prejudicando o ganho de posições e até perdendo algumas, no caso de Bottas. Mais pra frente a equipe comete um erro infantil ao trazer os pneus traseiros errados para o pit-stop de Massa, tendo que destrocá-los em cima da hora e na correria ainda quebram uma porca que prende a roda traseira esquerda ao carro, perdendo mais tempo ainda na parada e jogando Massa, de virtual 6º colocado para último.

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Paralelamente a isso os adversários tem evoluído e se espera de todos outro grande salto evolutivo para a O GP da Espanha, daqui três semanas, fazendo as possibilidades da Williams marcar pontos gordos ou mesmo pódios ficar mais difícil: Red Bull e Force Índia já parecem mais rápidas, Ferrari (ao menos a de Alonso) idem, e logo mais quando Kimi se acertar com o carro ele chega também, lembrando que mesmo problemática Lotus já começa a se classificar melhor (falam de uma melhora de quase 2 segundos nesse GP). Além disso é esperada uma versão atualizada do software dos motores Renault, dando às suas 4 equipes mais potência, enquanto a Sauber finalmente deve estrear carros novos, mais leves que os atuais (seu grande problema atual é o peso extra), quem sabe voltando a brigar por pontos e a poderosa McLaren, com todos os seus recursos técnicos e que não pontua há dois GP´s e que certamente não está parada, colocando mais pressão no embolado pelotão intermediário.

Claro que o carro da Williams pode melhorar também, já que eles igualmente trabalham em evoluções para o seu carro na fase européia, mas aí é que está: mais do que uma possibilidade, isso se torna uma necessidade após esses custosos tropeços iniciais que lhes tiraram pontos importantes nas tabelas de construtores e pilotos justamente quando seus rivais ainda não estavam tão fortes.