quinta-feira, 7 de junho de 2012

A nova asa curva da Williams

A equipe Williams vai testar no GP do Canadá um novo desenho de asa traseira, com sua parte central com com uma curvatura convexa bastante pronunciada na busca de diminuir a pressão aerodinâmica nas longas retas de Montreal (imagem 1). Além disso ela adotou aquelas "mini-asinhas" verticais sobre as entradas de ar laterais (imagem 2) como a McLaren criou no GP da Espanha e depois Force Índia copiou na corrida seguinte. Vamos ver se assim a Williams volta a disputar pódios após uma corrida apagada no principado de Mônaco.

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Massa, Schumacher e a importância do GP do Canadá


Como vocês sabem, nesse próximo fim de semana tem GP do Canadá e para alguns pilotos, por motivos parecidos mas não iguais, essa corrida terá um importância especial.

Felipe Massa é um deles, pois precisa confirmar que seu bom desempenho no GP de Mônaco, onde andou colado no pelotão principal, não foi exceção entre as suas fracas apresentações anteriores nesse ano, possível apenas graças às peculiaridades da pista monegasca mas sim uma prova de sua inequívoca recuperação de ritmo e confiança, sinalizando que está de volta às disputas pelos pontos "graúdos" do campeonato, vital para garantir à Ferrari um bom posicionamento no campeonato de construtores.

A importância dessa recuperação é a mesma que já expliquei em meses anteriores aqui no BLOG: garantir muitas apresentações sólidas para que a própria Ferrari ou alguma equipe grande ou média lhe faça convite para correr ano que vem, uma vez que ao fim desse ano estará sem contrato algum.

À favor de Felipe, conspiram alguns fatores: o uso dos pneus macios e super-macios, os mesmos que usou no principado e com os quais se entendeu bem, a adoção de um caminho de acerto de carro que também deu certo, embora neste caso os ajustes sejam bem diferentes devido à curvas de maior velocidade e longas retas de Montreal e o ganho de confiança após marcar 10 pontos e ir melhor que Alonso e alguns dos treinos.

Já Michael Schumacher vive uma situação melhor e ao mesmo tempo pior: Por ser um heptacampeão e ter 7 títulos nas costas, tem um "desconto" bem grande para dar resultados, pois funciona como embaixador do marketing da Mercedes maravilhosamente bem. Além disso, veio de uma pole-position em Mônaco que deu ao nome Schumacher uma lufada de esperança por melhores desempenhos.

Por outro lado ele só marcou 2 pontos nesse ano, ante à 59 de seu companheiro que até já ganhou corrida e se meteu em batidas bobas, como aquela com Bruno Senna no GP da Espanha. Além disso, tem sido perseguido por alguns probleminhas técnicos: roda mal presa, motor que enguiça, sempre em momentos que parecia ter carro para disputar pódio ou bons pontos.

Diferentemente de Felipe, dificilmente sua equipe procurará o alemão e dirá "você está fora no ano que vem", cabendo a ele ter o pragmatismo de julgar seus resultados e decidir o que faria em 2013 e é exatamente porque ele quer continuar correndo, segundo suas próprias palavras, é que bons resultados são necessários -quase urgentes - para poder embasar sua escolha de futuro de modo a não ter a sua decisão (ainda mais) questionada por correr após os quarenta e tantos anos de idade, algo que para muitos estaria manchando seu legado vitorioso de outrora.

Enfim, de uma forma ou de outra, os amigos Massa e Schumacher precisam de bons resultados na corrida canadense para terem (ou começar a ter) alguma paz quanto ao seus futuros na Fórmula 1, lembrando que as sondagens e negociações contratuais com equipes visando 2013 começam a acontecer logo mais a partir do mês de agosto, se já não ocorrem.