
Para entender:
Tony Fernandes é o chefe da equipe atualmente conhecida como Lotus Racing. Ex-funcionário do grupo Virgin, conseguiu assumir através de sua empresa Tune Group a empresa aérea Malaia Air Asia, que antes de sua chegada estava dando prejuízo e hoje é prospera.
Proton é um grupo de investidores da Malasia (entre os quais o próprio governo Malaio) que detem entre suas propriedades a Lotus Cars, que produz na inglaterra os conheciso carros esportivos de nome Lotus e que no passado distante já foi do mesmo dono da equipe homônima de F1, mas que depois foi separada e tornou-se independente. A Proton é chefiada por Danny Bahar
Os fatos:

Desde então arrasta-se uma batalha jurídica pelo uso do nome Lotus na F1, com a Proton dizendo que é proprietária do nome Lotus Cars e Lotus Racing, como de fato é. Do outro lado encontra-se Tony Fernandes mostrando que comprou o nome "Team Lotus" de seus proprietários legais, contando inclusive com o apoio da família de Colin Chapman, fundador da equipe de F1 que ele agora diz suceder
A disputa:
A pendenga toda se dá porque por mais que os nomes completos seja diferentes entre si, só poderia haver 1 nome Lotus na F1.
Tony Fernandes aposta suas fichas no fato de já estar estruturado, de ter sido a melhor equipe estreante do ano, de ter contratos com pilotos e com a montadora Renault para fornecimento de motores além de, claro, o direito legal do uso do nome Team Lotus que em ultima instância era a Lotus original que tinha vinculo com a F1.
Do outro lado a Proton é proprietaria do nome Lotus Racing que correu a temporada de 2010 e que portanto deveria ser ela a receber autorização para correr em 2011 e não Tony Fernandes.

Atualmente a equipe Renault é 75% de um (outro) grupo de investidores, o Genii e 25% da Renault. Se a Proton conseguir usar o nome Lotus, deverá rebatizar a Renault como Lotus Renault, só que se fizerem isso, perderiam cerca de 50 milhões de dólares que tem direito por ter sido 5ª colocada no campeonato de construtores desse ano, isso porque ao olhos da FIA e Bernie Ecclestone, se uma equipe muda de nome, é na prática outra equipe, e não teria nada a receber da equipe que sucedeu, exatamente como aconteceu com a Brawn em 2009. A única excessão seria se todas as equipes aprovarem unanimamente essa alteração de nome, o que não deve acontecer por elas terem interesse em ver esse dinheiro repartido entre si, Tony Fernandes inclusive.
Só para por mais tempero, o nome Lotus que vocês vêem estampados na carenagem de Takuma Sato na F-Indy e na equipe ART de GP2 é ligada à Proton.
Algumas alternativas:
1- A Proton compraria parte da equipe Renault (especula-se algo como 100 milhões de dolares em forma de patrocínio pelos próximos 5 anos) e para não perder a verba com a mudança de nome, apesar de dona, colocaria o nome Lotus apenas como o patrocinador principal, isso caso convença a montadora francesa manter seu nome na inscrição. Essa alternativa evitaria perdas para o orçamento da equipe mas talvez custe ainda mais dinheiro para a Proton, e portanto, para o Governo da Malásia, cujos contribuintes podem não ficar muito felizes com essa disputa ser bancada com o seu dinheiro.
2- O Grupo Proton poderia pagar uma generosíssima quantia a Tony para que ele venda a equipe inteira, e não apenas o nome (comenta-se algo maior do que 60 milhões de dólares).
Nessa hipótese Tony Fernandes poderia usar esse dinheiro para comprar, veja só, a mesma equipe Renault e batizá-la como "1 Malásia" assim que puder.
Ainda existem as possibilidades, ainda que remotas, do governo Malaio conseguir mediar um acordo entre Tony Fernandes e a Proton para reestabelecer a parceria, continuando numa só equipe.
Conclusão:

Essa pendenga, aliás, é um dos fatores que está retardando a provável definição de Vitaly Petrov como companheiro de Kubica em 2011.
PS: Se você lê razoavelmente bem inglês, Tony Fernandes criou esse site site para explicar sua disputa pelo uso do nome Lotus com todos os detalhes, vale a leitura.