terça-feira, 16 de abril de 2013

F1 e a ameaça à São Paulo



Como vocês devem ter acompanhado ontem, Lívio Oricchio, do jornal Estadão, deu na capa do caderno de esportes que Bernie Ecclestone estava ameaçando cancelar o GP Brasil de F1 de 2014 caso as reformas nos boxes de Interlagos não ocorressem esse ano.

Primeiro cabe ressaltar que o contrato de SP com a F1 é válido para 2014, o que deve garanti-la a curto prazo. Segundo que realmente as reformas não teriam mesmo como sair do papel esse ano, já que o ex-prefeito Kassab não mandou a previsão orçamentária para a obra no projeto de orçamento aprovado para a legislatura de 2013, sobre a qual Haddad, seu sucessor, terá que viver esse ano, então o petista não teria mesmo como bancar a obra agora.

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Não vou me aprofundar muito no cabimento ou não do poder público bancar uma obra cara que só seria usada para a F1, sendo que no resto do ano a nova área ficaria fechada, com os boxes antigos sendo usados pelas demais categorias nacionais. Só vou dizer que por mais retorno que a F1 traga (e traz!), me parece injusto que esse novo patrimônio não seja aproveitado pelo resto da coletividade ao longo do ano, caso essa restrição de uso realmente exista e permaneça.

Ademais, vamos lembrar que Bernie sempre ameaça SP com a perda do GP quando quer que uma obra seja feita na pista, então essa seria apenas mais uma de suas muitas ameaças que não se concretizariam ao longo dos anos, pois sempre é atendido. Entretanto as obras em questão são muito maiores que as anteriores e Bernie já a vem pedindo faz algum tempo, então não convém peitar por muito tempo uma pessoa que já cancelou GP´s tradicionais mundo afora.

No fim das contas parece que obra sai em 2014 e até lá as chances de uma nova pista surgir e ocupar a vaga de São Paulo são pequenas, porque todo mundo só pensa e gasta na Copa do Mundo e o custo de uma nova pista ao estilo Hermann Tilke é caríssimo, especialmente no Brasil onde tudo sempre acaba misteriosamente inflacionado.

E quais a alternativas que se falam? Rio de Janeiro com Deodoro, que não saiu do papel e sequer tem dinheiro previsto no orçamento municipal para seu início e Santa Catarina, no Beto Carrero World, que além da caríssima pista precisaria também gastar fortunas com hotéis, restaurantes, rodovias etc para receber confortavelmente centenas de milhares de pessoas do mundo inteiro num único fim de semana e possivelmente ficar com o resto do ano com capacidade ociosa (afinal, hoje ele já tem os hotéis que precisa para seu atual volume de visitantes).

Não se enganem: acredito e torço MUITO para que essas pistas saiam do papel e uma troca de sede é até possível caso Bernie se encha, só não acredito que isso ocorra nos próximos anos pela conjuntura dos fatores acima expostos e até porque Haddad não vai querer ser conhecido como o prefeito que perdeu a Fórmula 1, lembrando que foi o próprio partido dele através da então prefeita Luiza Erundina que trouxe de volta a categoria a São Paulo em 1991.



Ferrari estréia novidades no carro

Uma das características da Ferrari é sempre tentar melhorar seu carro ao longo do ano. Na verdade é uma característica de todas as equipes da Fórmula 1, mas a italiana é uma das mais tem recursos técnicos e financeiros para tal,o que a permite implementar essas novidades com maior assiduidade. Prova disso é uma nova asa dianteira estreada na etapa chinesa do último fim de semana.

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Assim como a nova asa que a Williams estreou no mesmo fim de semana (e que mostrei AQUI), as mudanças na peça italiana são muito sutis, como uma nova lateral redesenhada, incluindo aí novas aberturas na sua base externa e end-plates e aquelas mini-asinhas superiores levemente redesenhadas, com sua base menos reta e mais côncava na asinha menor, como podemos ver nas imagens comparadas abaixo. Clique nas imagens para ampliá-las!