terça-feira, 23 de julho de 2013

Fórmula Indy no Brasil sob perigo?

Segundo informações do jornalista especializado em televisão Flavio Ricco da UOL, a SP Indy 300 de 2014 está correndo o risco de não ocorrer, pois a Band agora estaria cortando gastos e enxugar custos em todos os setores e a corrida paulista custa caro ao canal oficial e organizador do evento, cerca de 50 milhões de reais segundo valores aproximados de 2012.

O jornalista disse: "A realização da São Paulo Indy 300, no começo do ano que vem, ainda não foi confirmada e já existe sério risco de não acontecer. A direção da Bandeirantes está reexaminando o contrato e não tem, pelo menos até aqui, uma decisão sobre o assunto. Antecipadamente se sabe que sem garantias comerciais não haverá corrida."
Nas etapas de 2010 e 2011, segundo falou à Folha de S. Paulo à época Marcelo Meira, vice-presidente do Grupo Bandeirantes, o evento deu prejuízo à organização, que não teve o retorno pretendido Os números dos anos seguintes não foram divulgados.

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Agora é torcer para que os necessários parceiros comerciais apareçam e/ou que a Band continue bancando a aposta da categoria no Brasil, que sempre tem boas vendas de ingressos e que nesse ano tem os brasileiros Helio Castroneves na liderança do campeonato e Tony Kanaan como grande vencedor da tradicionalíssima prova das 500 Milhas de Indianápolis, além da presença esporádica de Bia Figueiredo.

Calendário da F1 2014 com 22 corridas?

Damon Hill em seu derradeiro GP da Áustria, 1999
Esse ano o calendário da Fórmula 1 tem 19 etapas (eram 20, mas Valência caiu). Ano que vem chegam, ao menos em tese, o GP da Rússia, de New Jersey e agora o da Áustria, a se realizar no conhecido A1 Ring.

Como nenhuma etapa atual deve cair fora, se todas as planejadas se realizarem (a de New Jersey, por exemplo, está balançando) teríamos um calendário de 22 etapas, o que certamente geraria mais lucro a ser embolsado por Bernie Ecclestone, a CVC dona da F1 e pelas equipes na distribuição de lucros, mas tem lá seus efeitos nefastos: Nem todas as equipes não gostam muito da ideia desse super calendário, pois isso significa mais custos, mais correria e menos folgas para as centenas de mecânicos que ficam muito tempo longe de casa e de suas famílias.

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Além disso corre-se o risco de banalizar a categoria. antigamente haviam 15 ou 16 etapas e todos esperavam ansiosamente por cada uma. Hoje a maioria das pistas não tem história emocional com o público e são em países sem tradição de automobilismo, se afastando de pistas conhecidas e queridas do público, na Europa sobretudo e com o grande número de corridas, fica mais difícil acompanhar todas as etapas, até porque como são muitas, "perder uma ou outra não mudará muito as coisas", pensam alguns.

Eu pessoalmente acho que quanto mais etapas, melhor, mas a F1 tem que pensar não no que eu ou uma minoria de fanáticos pensam, mas sim se essa é a melhor estratégia para angariar novos fãs para a categoria, que vem perdendo força mundialmente (e no Brasil) ano a ano e que vê o perfil de sua audiência envelhecendo e não sendo renovada com a entrada de tantos jovens na proporção desejada.