segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Abre mais uma vaga na F1

Timo Glock foi dispensado da equipe Marussia de Fórmula 1. Sai um piloto pago, entra um piloto pagante, essa é a matemática por trás do anuncio de sua saída.

Timo fará um teste num carro do campeonato alemão de Turismo essa semana e poderá seguir esse caminho se tudo der certo nas negociações - mostrando aliás, que a DTM também tem suas vagas bem disputadas e não é tão fácil correr por lá.

Para a sua vaga na Marussia, vejo 3 principais candidatos: Petrov, russo como a equipe e sem nada garantido na Caterham; Razia, que negociava bem com a equipe até a última vez que falei com ele no ano passado (antes de Pic ser anunciado) e Davide Valsechi, campeão da GP2 que, ao menos em tese, não deveria ficar sem lugar no ano seguinte à sua conquista.

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Com isso há 3 vagas em aberto na F1. Na verdade seriam até 4, se pensarmos que Paul Di Resta ainda não foi anunciado oficialmente, mas isso deverá ocorrer tão logo a Force Índia escolha seu companheiro.

Veja como estão as vagas para a F1 2013 até agora:

Red Bull
Sebastian Vettel
Mark Webber


Ferrari
Fernando Alonso
Felipe Massa


McLaren
Jenson Button
Sergio Pérez


Lotus
Kimi Räikkönen
Romain Grosjean

Mercedes
Lewis Hamilton  
Nico Rosberg  

Sauber
Nico Hülkenberg
Esteban Gutiérrez


Williams
Pastor Maldonado 
Valtteri Bottas


Toro Rosso
Jean-Éric Vergne
Daniel Ricciardo
 


Marussia
Max Chilton
Vitaly Petrov
Davide Valsechi
Luiz Razia


Force India
Paul di Resta (não oficial, mas é certo)
Adrian Sutil,
Jules Biachi,
Davide Valsechi,
Jaime Alguersuari,
Sebastian Buemi,
Bruno Senna,
Luiz Razia,


Kamui Kobayashi... (ele já desistiu)

Caterham
Charles Pic
Giedo Van der Garde,
Bruno Senna,
Luiz Razia,
Vitaly Petrov,
Heikki Kovalainen,

A troca Toto Wolff



Toto Wolff, acionista da equipe Williams e até ontem um de seus principais dirigentes, anunciou sua saída da equipe para se tornar no substituto de Norbert Haug como diretor executivo da Mercedes, com quem já tinha vínculos, uma vez que é sócio da empresa que prepara os carros da marca da estrela na DTM.

A perda de Wolff e Adam Parr tão recentemente certamente não ajuda muito a Williams, que felizmente continuará contando com a chefia de Alex Burns e Frank Williams e possivelmente terá que pensar em novos nomes logo mais e suscita algumas perguntas e poucas respostas:

Com Toto provavelmente comprando ações da Mercedes no futuro próximo, como eticamente fica sua participação na rival Williams? Será que ele venderá suas ações na Williams? Creio que sim e quem sabe para o próprio Frank.

Toto Wollf foi um dos principais, senão o principal responsável por substituir Bruno Senna por Valteri Bottas (de quem é empresário) na equipe inglesa, gerando inclusive conflitos internos - que mostrei AQUI. Pois logo depois que o faz, simplesmente vai embora? Lembro que Bottas chegou levando menos dinheiro que Bruno para o necessitado caixa da Williams, algo que certamente também não ajuda a equipe que ele agora da adeusinho.

Com Toto sabendo tanto do novo carro da Williams de 2013, não deveria a equipe exigir um período sabático antes dele poder assumir uma função tão importante junto à coordenação de uma marca rival? Se ele já negociava com a Mercedes uma troca - não creio que a conversa começou nesse sábado -  não deveria ter se afastado das decisões e dos segredos da equipe inglesa para dar lisura à sua transição?

Toto é muito inteligente e viu na então combalida Williams uma oportunidade de ingressar na F1 e agora que a Mercedes lhe estende a mão, percebeu a valiosa oportunidade de se associar à uma marca ainda mais importante no cenário mundial e aproveitou na hora.

Essa mudança de Wolff faz todo o sentido, está certíssimo sob seu ponto de vista dos negócios: eram oportunidades boas que foram aproveitadas com ótimo timing. Claro que a Williams já devia saber de alguma coisa há algum tempo, mas ainda assim, do jeito que a coisa está pintada nas declarações oficiais de parte a parte, fiquei com a sensação de que a Williams pode ter feito o papel de esposa abandonada pelo marido que só descobre tudo quando volta do trabalho e encontra o armário vazio com um bilhetinho pregado.