sábado, 19 de novembro de 2011

O tal "graining" dos pneus

Um dos problemas que mais aflige os pilotos de Formula 1 e de outras categorias é o graining, isso é, o esfarelamento dos pneus. Isso ocorre quando o pneu ainda não atingiu sua temperatura ideal de trabalho conforme o tipo de asfalto da pista (mais ou menos abrasivo) e de pneu (mais ou menos macio).

O ajuste do carro também tem influência, pois ele pode definir quão rápido os pneus se aquecerão, mas existe uma tênue linha entre um setup (regulagem) em que os pneus aqueçam mais rapidamente e aquele em que os pneus são exigidos em demasia causando um desgaste excessivo, e nesse sentido quanto pior o carro, mais difícil de achar um meio termo ideal.
   
Ainda sobre o assunto, o principal ator definidor do graining (há vários) é o piloto, que numa classificação ou corrida, por exemplo, tem que imprimir um ritmo rápido desde o inicio sob risco de perder tempo para os seus rivais. Outra consequência é que até aquela camada inicial do pneu que se estragou ser consumida, o carro tem menos aderência e portanto é mais lento e corre um risco maior de poder escapar se muito exigido. Veja nas imagens as diferenças entre um pneu usado bom (1), um com um pouco de graining (2) e outro que sofreu bastante com o problema (3), criando o famoso "macarrãozinho".
ATUALIZADO: A imagem 3 foi substituída por uma que mostra melhor o problema. A anterior era "pick-up" (quando o piloto deliberdamante passa com seu carro em cima de farelos de pneus nas beiradas da pista para aumentar o peso do carro), como o piloto Christian Fittipaldi e o leitor Leonardo Caldas corretamente me avisaram.