segunda-feira, 14 de abril de 2014

Domenicali deixa Ferrari. Alonso vai esperar?

Parece que essa "coceirinha" no pescoço era um prenuncio da degola
E Stefano Domenicali caiu. Depois de só acumular derrotas em sua gestão, Stefano Domenicali pediu demissão do cargo de chefe da equipe Ferrari e sai do cargo para "sacudir" as coisas por lá. E essa versão de que pediu demissão pode ser na verdade uma saída mais honrosa que a equipe lhe concedeu. Agora vai poder jogar cartas no porão com Martin Withmarsh, ex chefe da sua rival McLaren que sumiu depois de também perder o poder (sem a mesma saída honrosa).

Eu já questionei AQUI a liderança de Stefano algumas vezes e agora parece que a Ferrari finalmente percebeu a fraqueza do seu agora ex-líder. Ele foi o (único) culpado por tudo de ruim que lá aconteceu? Evidente que não, mas seu dever como líder era identificar corretamente e solucionar os problemas e ano após ano, pelas mais diferentes razões, isso não pareceu acontecer. Só não entendo porque colocar em seu lugar um homem sem experiência de pista como Marco Mattiaci, que chefiava as atividades comerciais da marca italiana nos Estados Unidos.

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Essa escolha, aliás, pode ter algumas explicações: ou é uma chefe-tampão, que fica até conseguirem anunciar alguém que realmente queiram e aí podemos elucubrar nomes já ventilados recentemente AQUI, como Flávio Briatore, Bob Bell (conceituado diretor técnico da Mercedes que anunciou hoje que saiu do cargo em novembro do ano passado mas ficará na equipe até o fim desse ano), e mais coerente ainda, Ross Brawn, que poderia voltar para a Ferrari após seu ano de descanso e pescaria ou realmente acham que Mattiaci tem o dom necessário para liderar a equipe de volta ao topo, mesmo sem maiores comprovações conhecidas por quem não é da fábrica.

De qualquer modo parece claro que ao menos grande parte dos problemas de competitividade do carro desse ano vão se arrastar mais ainda, porque vai demorar um bom tempo para o novo líder conhecer e se ambientar ao ambiente de corrida e a seus comandados, conseguir entender, diagnosticar e pensar em soluções para corrigir o rumo errado em que se encontram. E nesse ínterim, será que Fernando Alonso terá a paciência de esperar (ou capacidade para liderar) e apostar em uma sexta temporada seguida por lá em 2015 ou vai se sentir ainda mais tentado a ir para a promissora McLaren-Honda (mas que, convenhamos, hoje não está muito melhor)?

Desejo toda a sorte ao novo comandante, pois gostaria muito de ver a Ferrari disputando vitórias roda com roda com McLaren, Williams, Red Bull e Mercedes lá na frente.