sábado, 4 de fevereiro de 2012

Force Índia, uma equipe sem patrocínios reais


Quem vê a bela e reluzente imagem acima tem certeza que a equipe está "montada no dinheiro" para fazer bons campeonatos, não é? Não necessariamente. A verdade é que a maior parte do dinheiro da equipe vem dos donos dela, não de patrocinadores. Com isso a equipe depende diretamente do bolso (e do ego) deles para existir, podendo fechar assim que eles cansarem da brincadeira ou tiverem que apertar os cintos dos seus gastos, caso de Vijay Mallya, sócio majoritário da equipe cuja companhia aérea, por exemplo, acumula dividas bilionárias com credores e até salários de pilotos vem atrasando meses.

Com a entrada do também indiano Sahara Group, espera-se que a equipe tenha uma injeção de dinheiro, mas ninguém garante o compromisso a longo prazo dele também, que pode ver a equipe como um bem a ser vendido por uma boa oferta assim que quiser.

Abaixo coloquei a mesmíssima imagem do carro acima, sem os patrocinadores "de mentirinha", isso é, sem as marcas que na verdade ou são de seus donos, como Sahara, Kingsfisher, FlyKingsfisher, Vladivar, White y MaCkay, UBGroup, Royal Challengers - ou que não colocam dinheiro algum: Pirelli (aparecem em todos os carros por cederem os pneus) e a campanha pela direção segura da FIA. Descontados todos esses chamativos nomes, sobra muito pouco para se ver e bancar o carro, não é?

Conclusão: Force Índia é uma equipe frágil sob o ponto de vista financeiro e sua existência a médio longo prazo, como disse acima, depende diretamente da boa vontade de seus donos, cujo real comprometimento com a categoria é desconhecido.

Enquanto eles continuarem gostando de torrar dinheiro sem grande retorno direto, ok, mas o ideal é mudança do modelo de gestão para algo mais parecido com o da McLaren ou até mesmo da combalida Williams, que abriu seu leque de atuação empresarial criando parcerias com fabricantes de carros de rua como Porsche e Jaguar para criação de motores híbridos ou até mesmo lançando mão de recursos pouco “nobres”, como leiloar as vagas de seus pilotos, mas que ao menos lhe dá sobrevida enquanto sonham com uma distante guinada e a volta dos títulos.