quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Entrevista com Barrichello

Ontem no Barrichello Kart Day consegui fazer uma pequena entrevista com o Rubens, perguntas mais descontraídas sobre seu dia-a-dia, automobilismo brasileiro e é claro, da Williams e seu futuro:

José Inácio: Olá Rubens, começo com a boa pergunta do leitor Will Rouber: Como você vê o futuro do Brasil no automobilismo brasileiro com as categorias de base um pouco fragilizadas no momento?

Rubens Barrichello: Eu acho que existe um projeto muito grande para que isso melhore, acho que o próprio Massinha tem ajudado com a F-Future, acho que tem projetos sendo realizados, mas o Kart é a grande escola, não tenha duvida, e tem se tentado fazer uma maneira para que fique um pouco mais barata para que todos possamos ter os nossos filhos (lá) e ver o pequenos podendo correr para usufruir um pouco melhor.

JI: Agora sobre F1, 2011 e 2012: Existe muita expectativa de seus fãs quanto a chance de você completar o ciclo de 20 anos de F1, você trabalha com essa possibilidade, ainda que distante?

RB: O ano em si para mim não é o marco da história, "ah, parou com 20 ou parou com 21" não vai mudar muito. O que eu deixo claro é que eu faço isso porque amo e enquanto eu fisicamente eu estiver bem vou continuar fazendo.

JI: E na Williams, ao que tudo indica está encaminhando para a continuidade em 2011, não é isso?

RB: Eu acho que é o caminho natural, vamos ver. Eu tenho trabalhado muito no carro do ano que vem. Seria uma perda de tempo se eu não guiasse o carro do ano que vem.

JI: Com as mudanças de regras para 2011 (fim do difusor duplo traseiro e duto frontal), existe quanto do carro atual que pode ser aproveitado para o projeto do carro 2011:

RB. Muito, tudo pode ser usado como fundamento.

JI: Ainda sobre a Williams, ela vem passando por uma reformulação na sua direção, com o Patrick Head e Frank Williams passando o bastão da gestão do dia-a-dia da equipe para o Sam Michael e Adam Parr. Você sabe se haverá alguma mudança no quadro técnico, como a chegada de novos engenheiros e projetistas agora ou no futuro próximo?

RB: Não, pelo menos pro ano que vem com certeza não.

JI: Como é a sua relação com Patrick Head, Frank Williams e Nico Hulkenberg? Você é conhecido pelo seu espírito brincalhão, como lembrou a sua fã Keli, você já aprontou alguma pro Nico?

RB: Eu faço (brincadeiras) sempre, só que são brincadeiras que não dá nem pra falar, são impublicáveis. Mas minha relação com a equipe é ótima, um puxando o outro, ver o sorriso do Frank não tem coisa igual. Nunca vi uma coisa igual, uma pessoa que tanto deu na vida, que tanto ofereceu na vida para a Formula 1, para a equipe e para tudo aquilo que fez, então eu curto demais o sorrisão dele.

JI: Agora indo mais para o campo do lazer, o José Carlos Jr. perguntou: Você tem algum Formula 1 que você guiou na sua carreira na sua coleção particular?

RB: Eu tenho uma Jordan 1994, ela está no (estúdio do) Sid Mosca (artista que cria e pinta seu capacete).

JI: Era uma que estava no seu Kart Indoor no Guarujá a uns 15 anos atrás?

RB: Isso, ele estava lá, e ainda estou para receber a Honda de 2007, essa era uma coisa que fazia parte pelo contrato que eu tinha.

JI: Como você gosta de pilotar quase tudo, você já se aventurou a tentar pilotar o seu avião que te leva para as corridas?

RB: (risos) Não, não! Na verdade altura não é comigo, eu to tranquilo. Graças a Deus eu tenho condições de viajar dessa maneira mas não é pra mim esse negócio (de pilotar avião).

JI: Novamente a sua fã Keli pergunta quando haverá um Barrichello Kart Day Fã com brigadeiro (seu doce favorito)!?

RB: (risos) O brigadeiro a gente pode combinar no fim do ano, mas se a gente for tentar reunir todos ia ser difícil, então fica complicado, porque o Kart é uma diversão muito grande mas não é todo mundo que consegue guiar, e o mais importante de tudo é manter a segurança.

JI: Mande uma mensagem final para os seus fãs:

RB: Eu agradeço muito pela torcida, pelos fãs que tenho, um super obrigado a todos, tamo junto!

Depois disso ele sumiu por trás de câmeras e microfones. Mais tarde, no decorrer do dia ainda conversamos, mais informalmente e ele adiantou que os motores da Cosworth estão bons de potência, só precisando trabalhar a dirigibilidade (como a potência é liberada). Que ainda tem motor novo pra usar, mas que nesse não haverá nenhuma novidade em relação ao que está usando atualmente. Sobre o carro contou que a Williams não tem um tipo ideal de pista e que até agora ela tem se adaptado bem a todos os tipos de circuitos desde as últimas atualizações.

Sobre o período na Brawn, ele credita o fato de não ter disputado mais fortemente o título devido aos problemas de freios que enfrentou nas seis primeiras corridas, mas lembrou que assim que a equipe lhe ouviu e mudou o seus freios, a coisa virou a seu favor, mas aí a Button já havia ganhado uma batelada de corridas.

É isso aí!

                                                                                                                                             Foto: Carsten Horst