terça-feira, 2 de julho de 2013

Ferrari sob pressão

A Ferrari começou o ano dando a entender que teriam tudo para disputar de igual para igual com Red Bull o título desse ano. O ano começou e os italianos pareciam ter um carro realmente melhor que o de 2012, com Alonso e Massa alimentando desejos de vitórias e títulos, como era de se esperar numa equipe desse porte.

O tempo foi passando, as etapas se acumulando e pouco a pouco a Red Bull, sobretudo a pilotada por Sebastian Vettel, passou a ser superior e ter o comportamento mais regular entre as equipes principais, mesmo contando com a recente e reação dos prateados.

A situação da Ferrari hoje parece incômoda, passando a disputar a classificação com os carros da Force Índia e Lotus quando deveria estar batendo rodas com o carro das latinhas de energéticos e mais recentemente Mercedes. Largar em 10º na Inglaterra ascendeu uma luz vermelha na equipe, que notadamente não conseguiu até agora fazer seu carro ter um bom ritmo de classificação, ainda que na corrida as coisas melhorem um pouco mais. O problema é que largando mais atrás perde-se mais tempo e desgasta-se mais os pneus atrás dos outros carros para tentar ultrapassá-los, enquanto os ponteiros podem abrir distância, mais difícil de ser tirada depois.

Os italianos não estão dormindo em serviço: estrearam nos escapamentos, asas e bicos nas últimas etapas, mas a competitividade esperada não veio, fazendo crer que as mudanças ou eram pequenas demais ante à concomitante evolução das rivais, ou simplesmente não funcionaram.

Fernando Alonso já se mostrou preocupado com o desempenho ruim do seu carro, que deveria render bem em pistas com curvas de alta como a inglesa e cobrou por mais melhoras para continuar na luta pelo título, pois ele sabe que os 21 pontos que o separam de Vettel após o GP da Inglaterra foram obra de pura sorte, pois sem o abandono do alemão o abismo, na realidade, teria se ampliando para perto da casa do 50 pontos.

Caberá ao GP da Alemanha já nessa semana mostrar se o desempenho abaixo do esperado em Silverstone foi apenas uma nota isolada fora do tom ou se a orquestra chefiada Stefano Domenicali e Pat Fry terão que correr atrás de um prejuízo maior e provar que tem poder de reação.