Todos nos acostumamos a ler antes das corridas as declarações ora de Sam Michael ora de Adam Parr que a Williams trará novas asas dianteiras, asas traseiras, assoalho, difusor, dutos de resfriamento de freios etc. No início eram palavras que garantiam expectativas de uma melhora palpável no FW33 mas quase sempre tais novidades não surtiam o efeito planejado pela equipe e seus dois carros continuavam a figurar na segunda metade do grid.
O que acontece com a Williams esse ano? O carro é tão ruim que não há novidade que o melhore? Eles desaprenderam a projetar peças novas? É culpa dos pilotos? As respectivas respostas seriam: mais ou menos, mais ou menos e não.
A Williams não desaprendeu a fazer carros, mas erraram a mão no FW33 que no projeto realmente deveria ser um carro muito rápido, como esboçou ser nos testes de inverno. Ok, a Williams não projeta um carro realmente superior desde 1997, ano que, não por coincidência, Adrian Newey saiu da equipe. Desde então oscilaram entre carros medianos e carros razoáveis, vez ou outra atrapalhados por motores fracos (Cosworth em 2006, 2010 e 2011 e Toyota entre 2007 e 2009). Desde 2006, sem o apoio da BMW eles foram ano a ano perdendo patrocinadores e assim, dinheiro.
Sem dinheiro você acaba não contratando os melhores projetistas, técnicos e engenheiros do mercado, pois eles custam caro e as rivais ricas pagam mais e tem-se que escolher alguns apenas resultando num certo enfraquecimento técnico da equipe. Mas essa pode não ser a única nem maior causa do fiasco de 2011. Ao meu ver, o maior vilão é o túnel de vento. Como falei aqui, até o ano passado as equipes usavam modelos dos carros na escala de 50% para testar suas peças e esse ano a escala foi aumentada para 60% e creio que nessa adaptação para os novos padrões algo se perdeu, fazendo com que os resultados das peças lá testadas não bata com a realidade nas pistas, como os próprios pilotos e Sam Michael já deram a entender em entrevistas.
Se daqui do alto de meu despretensioso escritório deduzi isso com base no que eles falam, no que vejo nos treinos e no que leio nas fontes sérias, é por que certamente eles lá dentro já devem saber faz tempo e estão tentando corrigir, mas isso custa tempo (e essas férias serão bem vindas para isso) e dinheiro, algo que não sobra na Williams.
O que farão então? Penso que já devem saber o que está errado na fábrica e estão corrigindo, mas o resultado disso deverá ser conhecido minimamente em pequenas novidades paliativas no FW33 e aí sim, no FW34 de 2012 as coisas deverão avançar.
Aliás, se as corridas e sobretudo classificações de Barrichello esse ano não tem sido "tudo isso", é exatamente por causa desses problemas, visto que como piloto mais experiente cabe a ele testar a maioria das peças e novidades que a equipe produz e que muitas vezes não funcionam e acabam encostadas para serem revistas mais pra frente. Isso requer do brasileiro mexer muito no acerto do carro todas as vezes que se muda uma peça, ao passo que Maldonado pode se concentrar em buscar desde o começo dos treinos um ajuste melhor para seu carro, já que testando menos peças as suas variáveis na busca pelo ajuste são bem menores.
Nesse sentido, se a Williams tiver coerência e juízo, manterá a dupla Rubens Barrichello e Pastor Maldonado para 2012.
O que acontece com a Williams esse ano? O carro é tão ruim que não há novidade que o melhore? Eles desaprenderam a projetar peças novas? É culpa dos pilotos? As respectivas respostas seriam: mais ou menos, mais ou menos e não.
A Williams não desaprendeu a fazer carros, mas erraram a mão no FW33 que no projeto realmente deveria ser um carro muito rápido, como esboçou ser nos testes de inverno. Ok, a Williams não projeta um carro realmente superior desde 1997, ano que, não por coincidência, Adrian Newey saiu da equipe. Desde então oscilaram entre carros medianos e carros razoáveis, vez ou outra atrapalhados por motores fracos (Cosworth em 2006, 2010 e 2011 e Toyota entre 2007 e 2009). Desde 2006, sem o apoio da BMW eles foram ano a ano perdendo patrocinadores e assim, dinheiro.
Sem dinheiro você acaba não contratando os melhores projetistas, técnicos e engenheiros do mercado, pois eles custam caro e as rivais ricas pagam mais e tem-se que escolher alguns apenas resultando num certo enfraquecimento técnico da equipe. Mas essa pode não ser a única nem maior causa do fiasco de 2011. Ao meu ver, o maior vilão é o túnel de vento. Como falei aqui, até o ano passado as equipes usavam modelos dos carros na escala de 50% para testar suas peças e esse ano a escala foi aumentada para 60% e creio que nessa adaptação para os novos padrões algo se perdeu, fazendo com que os resultados das peças lá testadas não bata com a realidade nas pistas, como os próprios pilotos e Sam Michael já deram a entender em entrevistas.
Se daqui do alto de meu despretensioso escritório deduzi isso com base no que eles falam, no que vejo nos treinos e no que leio nas fontes sérias, é por que certamente eles lá dentro já devem saber faz tempo e estão tentando corrigir, mas isso custa tempo (e essas férias serão bem vindas para isso) e dinheiro, algo que não sobra na Williams.
O que farão então? Penso que já devem saber o que está errado na fábrica e estão corrigindo, mas o resultado disso deverá ser conhecido minimamente em pequenas novidades paliativas no FW33 e aí sim, no FW34 de 2012 as coisas deverão avançar.
Aliás, se as corridas e sobretudo classificações de Barrichello esse ano não tem sido "tudo isso", é exatamente por causa desses problemas, visto que como piloto mais experiente cabe a ele testar a maioria das peças e novidades que a equipe produz e que muitas vezes não funcionam e acabam encostadas para serem revistas mais pra frente. Isso requer do brasileiro mexer muito no acerto do carro todas as vezes que se muda uma peça, ao passo que Maldonado pode se concentrar em buscar desde o começo dos treinos um ajuste melhor para seu carro, já que testando menos peças as suas variáveis na busca pelo ajuste são bem menores.
Nesse sentido, se a Williams tiver coerência e juízo, manterá a dupla Rubens Barrichello e Pastor Maldonado para 2012.
7 comentários:
Boas palavras...
Ano que vem com a chegada dos motores Renault será que a williams vai ter um rendimento melhor? Será que vai conseguir os tão sonhados patrocínios? Esse ano pra Williams já acabou, agora é trabalhar para o ano que vem. Saudades mesmo era da Williams da década de 90.
Só vou discordar um pouquinho só, até 97 era carro vencedor com "O mago", mas lembro de ter visto algumas poles de Juan Pablo Montoya e algumas vitória de Ralf Shumacher correndo pela Williams, acho que 2001 ou 2002, bastava um carro assim para BAR, que teve tanto azar de pegar gentinha na Ferrari e Brawn, dá raiva de lembrar que Ross Brawn ficava dando trela a Button que é o piloto: "Se ninguém quiser é minha" e ele venceu 6 de cara, depois quando precisou de velocidade só deu BAR. A hora maldita que Rubens não saiu da Jordan para Mclaren, tirar Mikka da jogada que era outro deixa que eu venço se ninguém quiser.
preciso e certeiro.
Vejo que assim com eu o José é Fã da Willians, mas mais do que isto, ele ainda acredita no barrichello.
rsrsrsrsrsrsrs quem sabe ele não é uma espécie de Abraham Lincoln da f1...
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