segunda-feira, 4 de julho de 2011

O ocaso da Cosworth

Primeiro foi a Lotus, no fim de 2010, que a trocou pela Renault. Agora a Williams, sua principal parceira, faz o mesmo. O que o futuro reserva para a Cosworth na Formula 1?

Nao muito... Como uma fabricante independente a Cosworth depende (sim, independentes dependem) diretamente do dinheiro de seus clientes para desenvolver e manter seus motores. Com quatro equipes a possibilidade de se auto sustentar era boa, mas com duas, e logo as piores do grid, funcionando como um cartão de visitas negativo, essa chance diminui bastante, especialmente se considerarmos que já tem que pensar nos novos motores 1.6L V6 que devem estrear na Formula 1 em 2014 e cujo desenvolvimento custa muito caro.

Alem disso a PURE, marca de motor encabeçada pelo ex-dirigente da BAR Craig Pollock esta a cata de clientes, o que deve seduzir justamente as equipes mais sensíveis ao bolso com as quais a Cosworth mantém parceria.

Sem um número mínimo de equipes correndo com o seu equipamento, a divisão de motores de Formula 1 da fabricante inglesa chefiada por Mark Gallager não deverá ser financeiramente sustentável, quanto mais para viabilizar desenvolvimento do novo motor. E mesmo que ele nascesse, com o parco retorno técnico de suas parceiras dificilmente ele seria competitivo e continuaria sendo comercialmente pouco interessante para a imagem da fabrica que, assim, deve abandonar a categoria em breve como já fizeram no fim em 2006 quando a mesma Williams os trocaram pelo também pífios Toyota.


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