segunda-feira, 4 de julho de 2011

Adam Parr fala demais

Mais uma pequena rusga se forma entre o presidente da equipe Williams, Adam Parr e alguém do mundo da Formula 1. Dessa vez foi com nada menos que Bernie Ecclestone.

Recentemente Parr declarou que a Formula 1 deveria ser mais lucrativa, desafiando abertamente a administração de Bernie ao comentar que "A renda dos direitos de TV da F1 rendem menos de 500 milhões de dólares enquanto a NFL (Liga de Futebol Americano) chega 4,2 bilhões de dólares e até mesmo o campeonato turco de futebol um pouco mais do que a gente".

É interessante Adam reclamar de Bernie publicamente se lembrarmos que poucos anos atrás a Williams pediu à Bernie um adiantamento de dinheiro em relação ao que receberia ao fim do ano pelos direitos comerciais para cobrir prejuízos e à época foi prontamente atendida por Ecclestone, uma benevolência que não deve se repetir caso a Williams precise de novo do poderoso dirigente após esse desafio público.

Por trás dessa estocada Parr não esconde que, junto com várias das demais equipes, ambiciona comprar ações da F1 para ser sócia da mesma e poder influir nos destinos comerciais da categoria.

Bernie Ecclestone responde que caso as equipes façam isso, elas seriam minoritarias e pouco influiriam e "além do mais" - já numa indireta a Parr - "poucas equipes tem condições financeiras para isso" e arremata claramente com cortante ironia: "Adam é um gênio na gestão de sua equipe, não há mais espaço no carro deles para mais patrocinadores."

Essa é a segunda vez que o presidente da equipe faz declarações infelizes. No começo do ano o mesmo Adam Parr disse que o atual sócio e co-fundador da equipe Patrick Head se aposentaria o fim desse ano, sendo prontamente desmentido pelo próprio, que declarou secamente: "Ele não está em posição de poder dizer isso. Meus planos não são de domínio público e e só serão quando eu der minha própria declaração ao fim do ano".

Talvez Adam Parr devesse se concentrar mais em trazer a velha e tradicional Williams de volta ao círculo das equipes ganhadoras e perder menos tempo em criar celeumas com pessoas-chave da F1 que só desgastam a imagem da equipe (a imagem dele é a que menos importa).

Lembremos que desde ele que assumiu a direção da equipe seus resultados na pista não foram exatamente animadores e comercialmente tampouco, com a perda de vários patrocinadores importantes ao longo dos últimos anos, como Compaq, Petrobrás, Castrol, RBS, Budweiser, Lenovo, Phillips, Allianz, HP, Fedex, entre outros.

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