segunda-feira, 21 de março de 2011

O que esperar de Michael Schumacher em 2011


Fechando a tríade de pilotos analisados, Michael Schumacher é o nome mais óbvio a ser abordado, pois após o fraco desempenho apresentado na temporada passada, 2011 ganha ares de ano decisivo na carreira do alemão. "Schumacher não tem que provar mais nada", dirão muitos. Tem sim. Se ele voltou a Formula 1 está tão sujeito a passar pelo crivo crítico quanto os seus pares. Seu passado glorioso não está em questão, mas seu presente está e será reavaliado a cada tropeço, a cada rodada, a cada lance discutível, a volta mais rápida e vitória que ele venha a registrar.

Se no ano anterior pôde-se usar como justificativa sua pouca habitualidade com a nova F1, que mudou bastante nos 3 anos em que ele esteve ausente e ao carro W01 da Mercedes que não fora construído levando-se em  conta o seu estilo de pilotagem e tampouco era um carro vencedor, grande parte dos argumentos caem por terra esse ano, em que ele já tem experiência com os novos carros, os novos pneus slick mais estreitos na frente e conhece os Pirelli tanto quanto os demais, sem falar no projeto do W02 que foi largamente influenciado pelo seu estilo de direção.

Poderá Michael Schumacher voltar a disputar o título esse ano? Bem, isso vai depender do carro, que teria nascido lento, mas evoluído bastante com o grande pacote aerodinâmico e mecânico estreado nos últimos testes em Barcelona, dando ao heptacampeão a oportunidade de ser o mais rápido dos 5 dias de testes, mas como em testes todos os tempos são mais fáceis de acontecer sem que sejam sinalizadores reais da força ou fraqueza das equipes, teremos que esperar até a classificação na Austrália para saber.

Honestamente não creio que a Mercedes tenha melhorado tanto seu carro aponto de fazer frente às Red Bull e mesmo às Ferrari, então as vitórias seriam ocasionais, dependendo de uma feliz combinação de fatores e o título não seria um objetivo muito realista para a equipe e, portanto, para Schumacher.

Na verdade, o que se espera dele nesse ano é que não seja dominado por seu companheiro Nico Rosberg como foi no ano passado. Espera-se uma disputa mais parelha entre ambos tanto nas classificações como no fim das corridas, como ele não se envolvendo em mais episódio polêmicos como a espremida em Barrichello no GP da Hungria nem aquela bateção de rodas com Kubica no Canadá, que em ambos os casos no fim não lhe garantiram nada, nem um mísero ponto.

Aos que torcem contra Michael Schumacher, saibam que torço a favor. Não torço no sentido de "ser fã", tampouco pelo piloto especificamente ou porque ele me seja querido, algo assim. Sei que ele tem várias deploráveis máculas anti-desportivas em seus muitos anos nas pistas. Sei também que seu nome trás más lembranças aos brasileiros pelos anos em que a Ferrari com sua anuência e incentivo manteve Barrichello sob forçado controle, privando o brasileiro de conquistar tudo que poderia. Sei bem o que é o nome Schumacher nesse sentido, mas quando digo que torço por ele é pelo que sua volta por cima representaria: Um ex-campeão de 42 anos mostrando que ainda tem alguns truques (limpos) na manga e pode dar uma canseira na tão celebrada nova geração. Vamos ver no que vai dar.

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5 comentários:

André Senna disse...

O Melhor de todos os blog, falta somente o Parabéns de Senna.

Senna completa 51 anos, onde quer que ele esteja, parabéns e obrigado pelo exemplo!!!

Lucas Amaral Lopes disse...

É... Seria bom se ele entrasse na competição dando um pouco de trabalho aos nova geração. Quanto mais competição, mais emocionante e gostoso de assistir a Fórmula 1. Porém não acredito que ele consiga mostrar truques limpos. Infelizmente o Schumacher tem uma característica muito antidesportiva e mostrou ano passado que continua o mesmo Schumacher nas 2 ocasiões citadas (Barrichello/Hungria e Kubica/Canada). Não gostaria de ver o Schumacher conseguir mais um título jogando sujo. Por esse motivo eu torço contra ele conseguir conquistar alguma vitória e principalmente um título. Porém, contanto que ele haja de maneira limpa, acho interessante se ele conseguir se manter na disputa entre os primeiros, dando mais emoção à competição.

Anônimo disse...

O que eu espero do Shumacher: Muito Queixo! Brincadeiras a parte....Também torço pelo Shumacher pois anseio ver terminadas algumas máximas estabelecidas que tenho um pavor muito grande! 42 anos velho??? Quero ele rápido para mostrar que ele não tá velho coisa nenhuma!

Anderson Nascimento disse...

É engraçado comocomo as coisas no esporte em geral são. Se Schumacher lutar pelo título não fará nada espetacular porque aí sim seu passado conta, já que ele venceu sete vezes e mais uma nao seria nada tao fantástico. Agora se ele for um desastre o passado não conta e ele é massacrado como alguém que jamais venceu nada. Estranho não?! Se o passado não conta e ele tem que provar alguma coisa na F-1 que seja quando ele vencer ou quando perder.
Abraços!

Anônimo disse...

O Schumacher é hoje o que sempre foi: um piloto de médio para bom. O que ele ganhou se deveu a uma série de fatores, tais como o fato da Benetton e a Ferrari privilegiá-lo, a imensa mediocridade em matéria de pilotos na qual a F1 mergulhou após a era SENNA-PROST-MANSEL-LAUDA-PIQUET, sendo certo que o Ayrton ainda correria por várias temporadas, além é claro de fazer jus ao apelido de Dick Vigarista graças às trapaças na pista como a de 94. Aliás, o Dick Vigarista teve como grande professor o não menos trapaceiro Flávio Briatore, pois as armações deste não são novas, sendo certo que já em 94 havia séria disconfiança que a Benetton utilizava componentes eletrônicos proibidos que facilitavam a vida do Schumacher (ele ganhou com esse carro os títulos de 94 e 95). O Briatore sabe que seu ex-pupilo não era tanta coisa assim, tanto é que, recentemente, o comparou a Marco Van Basten (o apenas razoável centroavante holandes) e SENNA a MARADONA. Ficou a pergunta: se o Breatore acha que SENNA foi o MARADONA da F1, quem seria o Pelé? A resposta é simples: para o Briatore MARADONA é melhor que Pelé.
De outro lado, convenhamos, o sempre beneficiado Schumacher nunca teve um grande adversário. Hoje, que há uma leva de ótimos pilotos, tais como Alonso, Vettel, Hamilton, não há chance para ele. Pois, afinal, ele não passa de um piloto de médio para bom.