Nos testes da Formula 1 é muito difícil precisar quais os carros mais rápidos de fato e quais estão fazendo bons tempos apenas por estarem em condições muito favoráveis, como o melhor momento da pista, pneus super macios e pouco peso de combustível. Segundo o que Rubens Barrichello declarou ontem após cravar o melhor tempo dos 4 dias de testes em Jerez, olhando-se o ritmo de das voltas realizadas em "stints" (séries de voltas consecutivas) curtos, médios e longos a equipe mais rápida continua sendo a Red Bull e as demais estão todas mais ou menos embaralhadas, talvez com a Ferrari um pouco mais próxima à equipe dos energéticos.
Mas um ponto fundamental a ser observado nos testes é a durabilidade dos carros, isto é, quantas voltas cada equipe acumulou, o que costuma ser um bom indicativo de quanto uma equipe poderá se dedicar aos avanços reais de seu carros. Explico: se uma equipe quebra muito e anda pouco, os engenheiros terão que se dedicar mais às correções do projeto mecânico daquilo que está quebrando do que na criação de evoluções aerodinâmicas ou mesmo mecânicas para que o carro seja mais rápido na pista, porque antes de ser rápido, o carro tem que conseguir correr.
Claro que setores da equipe continuarão trabalhando nessas evoluções, mas se o carro quebra na pista, eles pouco poderão avaliar seu trabalho e as coisas empacariam nesse segmento.
Sob essa ótica, uma equipe cujos carros andam bastante já tem a durabilidade comprovada, podendo focar mais recursos nas evoluções deles e não em mera manutenção e correção. Já equipes cujos carros não andam muitas voltas podem estar com problemas mais básicos, tendo que resolvê-los antes.
Peguemos a Williams como exemplo. A equipe de Barrichello é a única equipe cujo KERS (de fabricação própria) não tem quilometragem. Todas as demais equipes usam o equipamento fornecido pela Renault, Ferrari ou Mercedes, que bem ou mal já correram e foram aperfeiçoados ao longo da temporada de 2009, ano em que o equipamento foi pela primeira vez empregado. Nesse ano a Williams se absteve de usá-lo, e agora está sofrendo as conseqüências desse noviciado tardio, tendo que passar pelos mesmos problemas e desafios que suas rivais já passaram à época.
Barrichello, ainda nesse exemplo, deu muito mais voltas que Maldonado pois após ter seu KERS apresentando problemas no início do sábado retirou-o do carro e substituiu seu peso por lastro até o fim dos testes.
Esse percalço deve e tem que ser corrigido pela Williams, mas à maneira de cada equipe, elas também enfrentam seus problemas. Lotus e Virgin andaram pouco, mostrando que se em velocidade já estão minimamente mais competitivas ainda tem um caminho longo a ser percorrido na busca de durabilidade.
Entre as equipes de ponta nada evidencia mais esse abismo que Ferrari e McLaren, uma andando quase o dobro de quilometragem da outra, dando mostras que os ingleses de Woking precisarão dividir seus valiosos 8 dias restantes de testes entre a necessária busca de resistência do novo MP4-26 (terá sido tão boa idéia adiar a estréia dele em 2 semanas?) e as evoluções em busca de equilíbrio e velocidade ao passo que os italianos já podem se dedicar com mais tranqüilidade à esses últimos aspectos.
No fim dessa semana os testes se darão em Barcelona. A importância desses testes são ainda maiores pois se trata de uma pista do calendário oficial da Formula 1, onde dados como desgaste de pneus por exemplo, vão refletir a realidade de um GP, ainda que a temperaturas atuais sejam mais amenas.
Clique nas imagens para ampliá-las. Veja abaixo o número total de voltas completadas por todas as equipes nos 4 dias de testes em Jerez:
Equipe Nº de voltas
Ferrari: 463
Red Bull: 394
Mercedes: 338
Sauber: 320
Toro Rosso: 296
Renault: 275
Force-Índia: 264
Williams: 253
McLaren: 233
Virgin: 216
Lotus: 198
Mas um ponto fundamental a ser observado nos testes é a durabilidade dos carros, isto é, quantas voltas cada equipe acumulou, o que costuma ser um bom indicativo de quanto uma equipe poderá se dedicar aos avanços reais de seu carros. Explico: se uma equipe quebra muito e anda pouco, os engenheiros terão que se dedicar mais às correções do projeto mecânico daquilo que está quebrando do que na criação de evoluções aerodinâmicas ou mesmo mecânicas para que o carro seja mais rápido na pista, porque antes de ser rápido, o carro tem que conseguir correr.
Claro que setores da equipe continuarão trabalhando nessas evoluções, mas se o carro quebra na pista, eles pouco poderão avaliar seu trabalho e as coisas empacariam nesse segmento.
Sob essa ótica, uma equipe cujos carros andam bastante já tem a durabilidade comprovada, podendo focar mais recursos nas evoluções deles e não em mera manutenção e correção. Já equipes cujos carros não andam muitas voltas podem estar com problemas mais básicos, tendo que resolvê-los antes.
Peguemos a Williams como exemplo. A equipe de Barrichello é a única equipe cujo KERS (de fabricação própria) não tem quilometragem. Todas as demais equipes usam o equipamento fornecido pela Renault, Ferrari ou Mercedes, que bem ou mal já correram e foram aperfeiçoados ao longo da temporada de 2009, ano em que o equipamento foi pela primeira vez empregado. Nesse ano a Williams se absteve de usá-lo, e agora está sofrendo as conseqüências desse noviciado tardio, tendo que passar pelos mesmos problemas e desafios que suas rivais já passaram à época.
Barrichello, ainda nesse exemplo, deu muito mais voltas que Maldonado pois após ter seu KERS apresentando problemas no início do sábado retirou-o do carro e substituiu seu peso por lastro até o fim dos testes.
Esse percalço deve e tem que ser corrigido pela Williams, mas à maneira de cada equipe, elas também enfrentam seus problemas. Lotus e Virgin andaram pouco, mostrando que se em velocidade já estão minimamente mais competitivas ainda tem um caminho longo a ser percorrido na busca de durabilidade.
Entre as equipes de ponta nada evidencia mais esse abismo que Ferrari e McLaren, uma andando quase o dobro de quilometragem da outra, dando mostras que os ingleses de Woking precisarão dividir seus valiosos 8 dias restantes de testes entre a necessária busca de resistência do novo MP4-26 (terá sido tão boa idéia adiar a estréia dele em 2 semanas?) e as evoluções em busca de equilíbrio e velocidade ao passo que os italianos já podem se dedicar com mais tranqüilidade à esses últimos aspectos.
No fim dessa semana os testes se darão em Barcelona. A importância desses testes são ainda maiores pois se trata de uma pista do calendário oficial da Formula 1, onde dados como desgaste de pneus por exemplo, vão refletir a realidade de um GP, ainda que a temperaturas atuais sejam mais amenas.
Clique nas imagens para ampliá-las. Veja abaixo o número total de voltas completadas por todas as equipes nos 4 dias de testes em Jerez:
Equipe Nº de voltas
Ferrari: 463
Red Bull: 394
Mercedes: 338
Sauber: 320
Toro Rosso: 296
Renault: 275
Force-Índia: 264
Williams: 253
McLaren: 233
Virgin: 216
Lotus: 198
Um comentário:
Ótima matéria! boas informações!
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