domingo, 14 de novembro de 2010

VETTEL CAMPEÃO!

Queimei a língua. Na minha coluna de ontem arrisquei que Alonso seria o campeão. Não foi, e ainda deu vexame. Quem levou foi Vettel, o mais improvável dos pilotos da Red Bull até sexta-feira.

Apesar de todos os erros em ultrapassagens, batidas bobas, quebras de freios, quebras de motores, Sebastian Vettel foi indicutivelmente o piloto mais rápido desse ano e quando teve a chance de ser campeão a agarrou e seu carro não o deixou na mão.  Seus rivais diretos, é bem verdade, decepcionaram bastante: Alonso perdeu a terceira posição na largada para Button e depois de seu pit-stop não conseguiu passar Petrov na pista (com quem ainda reclamou injusta e mimadamente no fim) e Webber, apagado o fim de semana inteiro, ficou atrás do Espanhol, ambos encalacrados no meio do pelotão com quase nenhuma chance de sair de lá, seja pelos carros que ficam instáveis quando ficam atrás de outro, dificultando a aproximação nas curvas, seja porque a pista tem um desenho imbecil que não privilegia o espetáculo ou mesmo que lhes faltou ousadia para arriscarem-se mais ante a adversários competentes.

Durante o ano Alonso, Button, Webber, Hamilton e até Massa se rodiziaram na liderança do campeonato, mas no fim quem levou foi o alemão, que nunca havia liderado antes de levar a taça. Parabéns a Vettel, que se continuar nesse ritmo e contando com um bom equipamento, vai longe!

Para os demais pilotos foi uma corrida modorrenta, a destacar-se a tatica acertada da Mercedes em trazer Rosberg para os boxes no começo da prova, sob safety-car, permitindo-o chegar na quarta colocação e as aguerridas Renault de Kubica e Perov, que não facilitaram e não foram ultrapassadas por carros em tese mais rápidos. Os demais, inclusive os brasileiros, tiveram atuações discretas graças à famigerada pista sem pontos de ultrapassagem, a estratégia pouco arrojada de suas equipes e no caso de Barrichello e sobretudo Senna e Di Grassi, às proporcionais limitações de seus equipamentos.

Para Barrichello ao menos um alento: Terminou a corrida e o campeonato mantendo-se à frente das Force-Índia, garantindo mais alguns milhões para o orçamento da equipe do tio Frank, que deve mesmo ficar com Maldonado no ao que vem.

Mas hoje o dia é de Sebastian Vettel e Adrian Newey, que estão de parabéns e merecem nossos aplausos e reconhemento. Sem julgar os demais ex-contendores ao titulo, mas o novo numero um da Formula 1 nascido na cidade de Heppenheim no mesmo ano em que Piquet foi tricampeão, além de rápido também é gente boa, o que ajuda ainda mais a gostarmos de sua lutada conquista.

Parabéns Sebastian Vettel!

Um comentário:

Anônimo disse...

Como você disse a Mercedez acertou a estratégia em parar mais cedo, ou seja, o problema de Alonso não foi a estratégia, mas sim a falta de consistência do carro ou a falta de velocidade dele mesmo (pelo menos hoje). Button parou faltando 15 voltas e chegou em terceiro colado com Lewis, Kubica parou faltando 5 voltas chegou na frente de Alonso, Rosberg parou no início e da mesma forma chegou na frente do espanhol. Assim como Inacio não acreditava no Vettel porque ele também é muito emocional, mas Webber é mais só disfarça melhor e Alonso se preocupa demais com os outros. Parabéns para Vettel, mas a história de esportividade da RBR também não convence, a equipe o favoreceu em detrimento do Webber, só não da maneira que a Ferrari faz (deixar carro em cima do cavalete, pane seca no meio da corrida ou até mesmo em treino de sexta, quebras intermináveis, estratégias toscas, etc). Barrichello foi desfavorecido pela FErrari e pela Brawn e Massa também pela equipe italiana. Minha torcida é para Rubens como sempre e Robert Kubica!!