sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Gené, Fisichella e Badoer ameaçados?

Desde a proibição de testes ilimitados na Formula 1 a partir do fim de 2008, o papel dos pilotos de testes sofreu uma drástica queda de importância, visto que os pilotos titulares são priorizados nas poucas oportunidades de testes que existem na pré-temporada para se ambientarem ao carro novo.

Restou ao pilotos de testes, além das atividades em simuladores, alguns dos raros testes em linhas retas autorizados pela FIA ao longo do ano, e mesmo nesses casos eles correm o risco de serem rendidos pelos titulares, como Alonso fez uma vez durante esse ano.

O resultado disso é que na eventualidade do piloto de testes ter que assumir o cockpit do carro numa corrida devido a um infortúnio com algum dos pilotos titulares, seu ritmo será constrangedoramente ruim, visto que não está ambientado ao carro, como Giancarlo Fisichella e especialmente Luca Badoer deixaram claro no segundo semestre do ano passado ao volante da Ferrari de Massa.

Com o anuncio de ontem da Ferrari que que o seu piloto reserva oficial a partir do ano que vem será o jovem francês Jules Bianchi (empresariado por Nicolas Todt), os papeis de Gené, Fisichella e sobretudo de Badoer que já era de coadjuvantes passa a ser agora de mera figuração, isso sem falar que a equipe italiana testará em breve o brasileiro Cesar Ramos e os italianos Stephane Richelmi e Andrea Caldarelli, reespectivamente Campeão, vice e 3º colocado no recém terminado campeonato italiano de F3.

O que restará aos decanos pilotos de testes ferraristas? Ficarão com um papel ainda menor dentro da organização, sequer acompanhando a equipe em corridas, como esse ano fez Fisichella?  Para que 4 pilotos de testes numa Formula 1 que pouco testa? A possibilidade maior mesmo é que alguns desses 3 senhores sejam elegantemente dispensados de suas obrigações.

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