segunda-feira, 12 de julho de 2010

Análise do meio de ano: WILLIAMS

Com a ida de Barrichello e a chegada do campeão da GP2 Nico Hulkenberg à Williams, muitos perceberam que a equipe inglesa reuniria ingredientes importantes para desenvolver em 2010 um avanço importante rumo a tão esperada e ainda não cumprida, "volta ao topo". Além dos pilotos, a equipe também dispensou os motores Toyota, fornecidos numa parceria que lhes obrigava a ter o fraco Kazuki Nakajima como um de seus pilotos, o que lhes custou valiosos pontos no campeonato passado. Muitos pensaram que se associariam à Renault, mas preferiram se aliar a Cosworth, talvez por saber que embora novata e tecnicamente abaixo dos demais motores do grid, a fabricante inglesa lhes possibilitaria maiores chances de crescimento em conjunto, inclusive pela proximidade das fabricas de Williams e Cosworth.

O ano começou e se tornou evidente que a equipe teria uma dura luta pela frente se quisesse realmente beliscar pontos, pois Além das 4 grandes (Red-Bull, Mclaren, Ferrari e Mercedes), Renault e Force-Índia estavam mais fortes esse ano, tornando o almejado 5º lugar no campeonato uma meta distante.

No início os resultados foram tímidos, com uns poucos pontinhos ocasionais, mas desde Montreal o carro evoluiu bastante e colheu os frutos em Valência e Silverstone, graças aos maus desempenhos das rivais mais fortes e sobretudo à velocidade e perspicácia de Barrichello no desenvolvimento do carro e a sua pilotagem impecável que consegue extrair tudo que o equipamento tem, apesar dele ainda não ser um carro dos melhores e ter o seu motor como o mais fraco dos quatro fornecedores do grid

O grande desafio da equipe para a segunda metade da temporada será trabalhar para que a Cosworth continue melhorando seus motores, reduzindo a diferença para os Mercedes, Ferrari e Renault, e manter o ritmo de desenvolvimento do carro em si, visto que suas rivais trazem novidades para as pistas a cada etapa. Quanto aos pilotos, creio que estão fazendo o que se espera deles: Barrichello com sua velocidade e experiência cumpre o papel de força motriz na ressurreição da equipe e Nico Hulkenberg ainda entendendo os circuitos e reações de seu F-1, marcando pontos quando consegue, mas precisando de um pouco mais de sorte e resultados em seu noviciado. As próximas etapas com circuitos de alta velocidade, onde o motor conta mais, prometem ser um pouco mais difíceis para que a equipe de Frank continue no frequentando o "top 5" como nas últimas duas corridas. Essas semanas serão de muito trabalho em Grove para tentar minorar essa desvantagem.

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