segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sobre o acidente de Maria de Villota

Hoje a equipe Marussia soltou um comunicado dizendo que após duas semanas de investigações internas, concluíram que o carro usado pela piloto Maria de Villota nada teve a ver com o carro da equipe, no sentido de afastar qualquer possibilidade de falha mecânica como causa do acidente.

Ok, isso pode (e deve) mesmo ser verdade, mas o que eles não abordam, tampouco as investigações oficiais que continuam a ser desenvolvidas é como pode num ambiente em que um carro atinge grandes velocidade a porta basculante do caminhão estar posicionada numa posição perigosa como aquela, de modo que quando a piloto, por qualquer que tenha sido a razão, perdeu o controle do carro, teve seus olhos e crânio afundados por sua extremidade.

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A imagem acima é bastante categórica: O caminhão estava estacionado de maneira no mínimo imprudente, e tivesse sua porta traseira aberta um palmo mais para baixo ou para cima, provavelmente a piloto e a equipe teria saído do acidente apenas com uma historia de danos materiais para contar. "Ah, foi um lance de azar", sim, um tremendo azar, uma fatalidade de fato, mas uma fatalidade que poderia ter sido evitada com facilidade.

Resta ver o que as autoridades inglesas, a agência independente contratada para investigar paralelamente e a silenciosa FIA vão revelar e opinar sobre as causas da aceleração do carro no momento do acidente e das medidas de segurança que devem ser adotadas em testes como esse, já que o fator imprudência (pela porta aberta) me parece daqui, do alto de meu sofá, bem clara.

A ver.

6 comentários:

Vinicius Soares disse...

Inácio, concordo com você categoricamente! Levaram um carro de corrida para ser testado num lugar sem o mínimo de segurança. Tudo errado desde o começo, independentemente se o teste era só de linha reta.

Farley_Mineiro disse...

Equipe nova, pouca preocupação com a segurança operacional. Duvido que nesta equipe exista um profissional preocupado com a segurança de todos.

A saber. Qualquer predinho em construção por aí é OBRIGATÓRIO pelo menos um técnico de segurança do trabalho que fica na obra somente e exclusivamente para estudar questões de segurança.

Não precisa dizer mais nada.

Nick Mason disse...

E a negaiada me chamando de machista.. tsc, tsc, tsc..

Anônimo disse...

Existe comentários entre fãns na internet que a equipe estaria sendo protegida para "abafar" uma possível quebra no carro, mas ainda acredito que Maria perdeu o controle do carro, a pista estava úmida e provavelmente com poças d'água. O carro de Maria estava com pneus de chuva intermediários(faixa verde), e ela provavelmente tinha pouca experiencia com a tremenda aceleração de um F1 nessas condições.

Pelo que entendi, Maria já estava fora do retão de testes, e se encaminhava em direção de boxes. A piloto deve ter perdido o controle em alguma "escorregada" e se chocado com o caminhão. Uma fatalidade, porque a pista era improvisada, mesmo assim jamais um caminhão poderia estar alí por onde passava o Formula 1. Fica mais uma lição no esporte a motor, ainda bem que a piloto vem se recuperando bem, com certeza Maria vai ter que se "espelhar" em Helmut Marko que também perdeu um olho em um carro de F1. A vida segue, força a Maria e ao meu gato Nick que também perdeu um olho semana passada em um acidente, e eu nem sei como e onde foi...

Foi uma fatalidade Nick Mason, como aconteceu com Zanardi ao perder o controle do carro com pneus frios saindo do boxes, provocando mutilação imediata das duas pernas, não tem nada com relação a ser mulher ao volante ou não...

Aldo Gomes disse...

Testes assim, são feitos desde a origem da F1, pra mim, o maoir erro foi ter dado o carro a ela.

Rafael Vieira disse...

Bem, se fosse um carro de passeio, fazer milhares de coisas para descobrir a culpa do acidente realmente seria realmente necessário, mas para um F1, onde se tem a telemetria fica ligado 24/7 não tem porque desse joguinho de eliminação de causa. Se foi erro da moça, não diga nada para não constrange-la e ela que venha a publico falar se ela quiser, se foi do carro, algum ressarcimento a moça deve existir em contrato, onde também não precisa dizer em público, cabe a ambas as partes decidirem o que será divulgado e de que modo essa cagada será remediada para a moça, mas fica fazendo papel de santinho é feio demais.