Como vemos na comparação abaixo, a competitividade de Felipe Massa com Fernando Alonso foi bastante equilibrada no GP do Canadá, mas a rodada de Felipe na volta 6 que lhe custou quase 10 segundos estragou suas chances de uma corrida melhor. Também que o desgaste dos pneus de ambos se dá mais ou menso nos mesmos momentos após seus respectivos pit-stops, dando a entender que talvez Felipe tenha aprendido a lidar melhor com o desgaste dos pneus que lhe atormentava até recentemente.
Como milagres não existem, no fim do segundo jogo do espanhol, quando ele já está só "no bagaço", Massa faz a troca por seu terceiro jogo e a diferença entre eles se torna um abismo a favor do brasileiro, explicando porque Fernando Alonso caiu da 1ª para a 5ª posição tão rapidamente.
Está claro que a Ferrari super estimou a durabilidade dos pneus que calçavam F2012, um carro que ainda desgasta mais seus pneus que a concorrência. Grosjean, por exemplo, adotando uma estratégia parecida chegou num sólido em 2º lugar em bom ritmo de voltas mostrando que seu Lotus E20 trata melhor os compostos da Pirelli.
Corrida que vem os pneus médios voltam a ser usados, e aí vamos ver se a evolução da Ferrari e o jogo de forças se mantem com esse tipo de composto.
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8 comentários:
Muito bom ver Massa acompanahndo de perto o espanhol. Isso dará confiança para as proximas etapas.
tomara ou vai acompanhar de binoculo
se o massa nao tivesse feito aquela barbeiragem no comeco do gp ,com certeza ele teria ate ameacado a quinta colocacao do alonso ,mas como eu vi o terceiro treino livre e pude notar que o carro do massa saia e muito de traseira que na minha opiniao era so mesmo uma questao de tempo para o massa rodar mesmo
Muito complexo comparar tempos, pilotos acertam os carro, pensam e pilotam de forma diferente, no momento que um esta forçando o outro pode estar poupando pneus. Também existe o problema do tráfego a frente, pode ser rival com carro bom "segurando" o ritmo, ou simplesmente aparecer retardatários a ultrapassar. Formula 1 é um dos esportes mais complexos e difíceis que existe, maioria dos torcedores são uma piada ao comentar que F1 nos últimos anos é como vídeo-game.
Velocidade pura muitas vezes não tem como comparar(Piquet, Lauda e Prost optavam por fazer corridas menos veloz visando poupar equipamento, apostando também nos erros dos pilotos mais arrojados como Senna, Mansell e Berger, e eles aconteciam aos montes), mas essa lista é boa para saber como o piloto supera todas as advesidade durante uma prova. E foi aí que Massa deu sua "escorregada" perdendo em torno de 10 segundos comprometento os pneus e mudando a estratégia. Já Alonso nas última 5 voltas despencou, mas corrida e isso mesmo, piloto e equipe às vezes tem que arriscar.
Essa corrida serviu de alerta para RBR e Ferrari, acho que eles se preocuparam muito com Grosjean e se esqueceram de "marcar" Lewis. O inglês deu uma baita DICA ao avisar pelo rádio a cerca de 20 voltas que tinha problemas nos pneus. Porque RBR e Ferrari poderiam achar que conseguiriam chegar ao final?
Tinham que igualar a estratégia do inglês, mas é nessas dúvidas ou trapalhadas que as corridas ganham em emoções.
Piquet no GP da Inglaterra de 87 também achou que ia chegar ao final da prova liderando, mas Mansell trocou os pneus e veio babando da mesma forma que Lewis fez no Canadá, Piquet não teve como segurar o inglês. Outra corrida semelhante foi o GP de Monza do mesmo ano, Senna optou por uma parada a menos(Como Alonso e Vettel tentaram), mas dessa vez foi Piquet quem veio babando com pneus novos com uma parada a mais. Senna não conseguiu segurar o carro na entrada da Parabólica, saiu reto na curva e perdeu a liderança. Esse tipo de situação era comum nos anos 80...por isso existiam muitas chances de ultrapassar ao final das corridas. Vettel e a RBR perceberam algo errado e fizeram a parada, e deu certo porque chegaram a frente de Alonso. Para Vettel ele não perdeu nada, estava 3 pontos do líder no mundial antes da prova, e continua com 3 atrás.
Metem o pau nos pneus "farofa" em 2010/11/12, mas nos anos 80 também eram assim, em determinada temporada haviam até 3 fornecedores de pneus, isso alternava muito o desempenho nas corridas.
Lembro que em 1986 pra corrida no seco existiam os pneus A, B,C:
A-Duro
B-Intermediário
C-Macio
E- Era para volta de classificação, extra-macios que duravam duas voltas.
Chuva eram os "biscoitos" e intermediários.
Muitas vezes não era o piloto quem tirava tudo no braço, era os pneus quem eram os responsáveis pela ultrapassagem, aí que entra mais a estratégia que "braço". Mesmo caso quando um motor perdia rendimento, o piloto muitas vezes tinha que tirar o pé para evitar uma quebra de motor, os turbos esquentavam um absurdo. Quem vinha atrás e "poupava" equipamento vinha mais forte tirando a diferença, quando chegavam ultrapassavam de forma até fácil. Quem forçava mais no começo da corrida, tinha que pagar o preço no final, podia ser no superaquecimento de motor, desgastes de pneus, ou consumo de gasolina.
Pachecada fala muito em "braço" no passado, mas não é bem assim sempre existia estratégia no meio. Não é muito diferente dos dias atuais, o que faz muita diferença é o tal do chatíssimo "endeusamento". Antes tinhamos dois pilotos de ponta brigando diretamente por títulos(80/81/83/86/87/88/89/90/91), hoje não temos nenhum...normal elogiar mais a F1 do passado e meter o pau na F1 de hoje. Mas será que na Alemanha, Espanha e Inglaterra os torcedores pensam que ela esta muito chata?
Brasil não esta mais "apitando" nada na F1 e na Indy, esse é o motivo de tanta raiva, com a F1 é muito pior...é mundial é o topo!
Acho que foi até bom o Massa ter rodado no início da corrida, porque se chegasse ao final atrás do Alonso, ele teria que ficar ali, não podendo ultrapassá-lo, quando todo mundo a fazia.
Penso que ele demorou muito a descobrir o melhor comportamento do carro em um momento decisivo da carreira, que acabou a sepultar nesta temporada. Mas que se aposente com um mínimo de dignidade então.
Ótima observação do Anônimo.
E também, até meados dos anos 90, os carros de F1 eram muito frágeis, sendo extremamente comum as quebras e abandonos. Por esse mesmo motivo, é difícil comparar pilotos dessas gerações com as gerações mais adiante, como os números de Schumacher e Senna... se for observar, o Senna deixou de completar 40% das corridas por abandonos e em sua maioria por quebras mecânicas... na geração do Schumacher na Ferrari, o carro já não quebrava mais, sendo raríssimo um momento assim... o Schumacher chegou a completar quase 20 corridas consecutivas, coisa totalmente impossível 10, 15 anos antes... por isso a estratégia era fundamental naquele tempo, já que era crucial se poupar equipamento para terminar uma prova.
A ferrari vai fazer de tudo para fazer com que o Massa retire pontos dos outros pilotos, para valorizar os pontos ganhos por Alonso.
Com a rodada, Massa perdeu 9 segundos. Entretanto, se ele para 10 voltas antes (pois o supermacio podia durar 20 voltas), ele ganharia uns 18 segundos. Estes 18 segundos foram perdidos na estrategia errada da Ferrari.
Por isso, acho que a Ferrari foi mais prejudicial que a rodada
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