terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Balanço da temporada: Renault

Depois de ter 75% de suas ações vendidas a um desconhecido grupo de investidores chamados Genii no fim de 2009, a Renault entrou em 2010 desacreditada por ser agora, em tese, de gente que nada entende de F1 e poderia minar os avanços da equipe.

Quando lançaram o modelo R30 então, muita gente reforçou ainda mais essa impressão, porque o carro, sem além de não ostentar nenhum patrocinador na carenagem além do parceiro de combustivel e logotipo da própria montadora francesa, parecia visualmente uma simples evolução do fracassado R29 do ano anterior , de modo que muitas foram as vozes que lamentavam a canoa furada em que Kubica inadvertidamente se metera.

Só que o ano começou e o R30 se mostrou bastante competitivo, sendo o único carro capaz de incomodar Mclaren, Ferrari e Red Bull e ocasionalmente a Mercedes (de Rosberg) mas isso apenas na mão do piloto da Polônia.

No outro cockpit sentava-se o russo Vitaly Petrov, oriundo da GP2 onde acabara de ser vice-campeão (atrás de Nico Hulkenberg) depois de quase 4 anos na categoria, trazendo patrocínios e a atenção de seu país, um importante ponto de interesse de Bernie Ecclestone.

Desde o inicio da temporada ficou claro o papel de liderança exercido por Kubica, que ditava o ritmo da equipe e cobrava por constantes evoluções, no que era atendido pelas diversas e variadas atualizações que a equipe trazia em quase todas as etapas.

Conforme o tempo foi passando, ficou mais claro que apesar de não terem um orçamento tão folgado como o das líderes, se tratava de uma equipe muito coesa e dedicada, mérito também do chefe de equipe Eric Boullier, que tocou a estrutura enxuta, mas a essas alturas já com alguns patrocinadores interessantes, com grande eficiência e sabedoria.

Terminado o bom ano solidamente encastelados na 5ª posição do Construtores, ficou a sensação que só não incomodaram mais a M

Para 2011 a Renault deverá ter um carro nem condições ainda melhores, quem sabe beliscando uma ou outra vitória na mão do Polonês, uma vez que também não enxergo objetivamente condições financeiras para um salto qualitativo que a permita disputar o título em pé de igualdade com as equipes maiores.

As duvida permanecem sendo quem será o companheiro de Kubica, que por si só não é nem tão importante assim, provavelmente com a manutenção de Petrov e, sobretudo, se  a equipe será mesmo comprada pela Proton que brigou com seu ex-sócio Tony Fernandes na Lotus com quem trava uma batalha pra levar para as bandas de Enstone esse nome, conforme contei AQUI.

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