Vamos lembrar como foi a trajetória de Rubens por todas as suas temporadas e equipes ao longo de sua prolífica carreira:
1993 - O início de sua carreira se deu pela equipe Jordan equipada com os fracos motores Hart e cujo chassis era a evolução do carro do ano passado, que por sua vez foi o chassis do ano anterior adaptado. Foi um ano de aprendizado, conseguindo uma performance sólida pelo que o carro oferecia, quando não quebrava.
1994 - Ainda com os motores Hart, dessa vez a Jordan criara um chassis mais equilibrado e rápido, possibilitando a Barrichello disputar pódios e mesmo marcar uma pole-position em Spa. Seu acidente em Ímola e a morte de Senna foram os destaques negativos do ano
1995 - Agora com uma parceria com a Paugeot, a equipe Jordan proporcionaria a Barrichello um carro melhor, certo? Errado. O carro nasceu mal projetado, com problemas sérios de confiabilidade, sobretudo no frágil motor e na embreagem, impedindo o brasileiro de completar as corridas que conseguia se destacar, perdendo alguns pódios certos.1996 - Carro mais uma vez mal concebido, sofria de falta crônica de carga aerodinâmica na parte traseira, o que comprometia a tração do carro nas curvas de baixa e desgastava os pneus. O clima entre a equipe e o piloto azedou e Rubens foi para a Stewart ao fim da temporada.
1998 - Com um carro projetado com foco principalmente em aerodinâmica, enfrentou problemas de câmbio e eletrônica. Com poucos recursos, a equipe não conseguiu corrigir a trajetória ao longo do ano e perdeu desempenho. Destaque para o 5º lugar em Barcelona.
1999 - Com uma parceria mais forte com a Ford o que passou a investir mais na equipe e entregou um novo motor o menor do grid, a Stewart pode investir mais no carro, possibilitando a Rubens um ano mais sólido.
No meio do ano a Ford comprou a equipe, e depois anunciou que em 2000 se chamaria Jaguar, e ofereceu a Barrichello a chance de ser o 1º piloto da equipe, mas o brasileiro preferiu apostar suas fichas numa equipe de ponta já estabelecida e aceitou o convite para pilotar a Ferrari e ser companheiro de equipe do temido e polêmico Michael Schumacher.
2000 - Em seu primeiro ano na Ferrari, Barrichello percebeu que a estrutura da equipe era bem maior do que a que estava acostumado na Jordan ou Stewart. Também percebeu que pela primeira vez estava numa equipe que poderia lhe oferecer equipamento para disputar vitórias, o que conseguiu em Hockenhein numa corrida memorável. O peso de estar numa equipe grande e ter seu país (e principal emissora de TV)cobrando um título pós-Ayrton Senna pesaram mais do que nunca.
2001 - Em um ano sem vitórias pela equipe italiana, Barrichello agradou a sua torcida com desempenho sólido e constante o ano todo, sendo muito constante. Infelizmente o carro deste ano, apesar de muito competitivo, era mais adaptado ao gosto de pilotagem do alemão. Assim como no ano anterior, a ajuda do brasileiro foi decisiva na conquista do título de Schumacher e da Ferrari.
Amanhã continuo com os outros 9 anos da segunda metade da carreira de Barrichello na Formula 1 e uma análise do conjunto de sua obra, que tenho certeza ainda há de crescer mais.
3 comentários:
Muito bom o texto José, parabéns!!!! Legal reviver a história desse ser humano fantástico e grande piloto. Sò espero q lá na F1-Formula 1, a galera pegue leve no seu trabalho
Muito legal!
Só pra constar:
Antes que venham dizer que o post tá errado, que a Vodafone só entrou em 2002, o F2001 foi usado nas primeiras corridas de 2002 com o Vodafone.
Rubens deveria estar no automobilismo amerecino. Onde os brasileiros são respeitados e podem mostrar seu verdadeiro talento.
Vejam como Helio Castroneves e Tony Kanaan são bem vistos.
Barrichello na INDY sem dúvida desde que esteve em Laguna Seca em 1996 conversando com a ROGAN PENSKE se tivesse tomado a decisão aquela época. Já teria conseguido vitórias e títulos!
Pelo menos eu acredito nisto!
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