quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A situação de Bruno Senna


Bruno Senna está calado. Não que literalmente não fale mais, mas quando perguntam sobre seu futuro na Fórmula 1, pouco pode acrescentar ao que já sabemos: Aguarda posição das equipes com quem conversou, e como só restam vagas na Force Índia e Caterham, é bastante razoável que esteja na espera de ambas, com mais ou menos chances nessa ou naquela conforme a linha de raciocínio que se escolha adotar. Na equipe indiana, por exemplo, meu colega Américo Teixeira garante que ele não corre, e não tenho porque duvidar.

Essa espera é ruim. No inicio de 2009 ele aguardou pela vaga na Honda, mas com o fim do projeto nipônico na Fórmula 1, Ross Brawn preferiu a experiência de Rubens Barrichello. Em 2010 estreou pela Campos, que logo se tornou Hispânia e teve de longe o pior carro do grid. No ano seguinte alinhou como piloto reserva da Lotus e foi guindado a condição de titular quando Nick Heidfeld falhou na missão de levar a equipe aos resultados que acreditavam que Kubica levaria, não tivesse ele se acidentado. Ao fim deste ano, foi dispensado em favor de Romain Grosejan, indo para a Williams numa vaga disputada com Barrichello.

2012 já começou duro para ele: já sabia que teria que ceder seu carro quase todas as sextas-feiras de manhã para o novato Valteri Bottas, e com esse valioso tempo a menos de pista, penou especialmente nas classificações, onde não se sentiria, segundo relatos, tão seguro como gostaria. No fim do ano, foi dispensado novamente. Drama? Não.

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É claro que esse pinga-pinga nas equipes não o agrada nem o ajuda nas negociações nem a estabelecer uma linha de trabalho e base técnica numa mesma equipe, algo que certamente ajudaria a melhorar seus resultados, mas a vida é o que ela é, não o que gostariamos e ele está na numerosa fila de candidatos às vagas remanescentes. Uma coisa é fato: Bruno parece continuar com seus valiosos apoiadores: Procter & Gamble (dona das marcas Gillete e Head & Shoulders), Embratel, Santander, OGX e MRV estamparam suas marcas em seu macacão e Kart no Desafio das Estrelas no fim de semana passado, e isso certamente é importante nessa batalha pelas últimas vagas e um indicativo de que não jogaram a toalha.

Certamente a vaga na Force Índia é melhor, mas será que ele tem chances lá? Parece que não. Sendo assim, resta a Caterham, mas lá seus apoiadores podem não estar dispostos a entrar com tanto dinheiro quanto numa Williams ou FI, já que os resultados na pista e a exposição na mídia deverão ser proporcionalmente mais modestos, outro fator a se pesar na balança.

Além da Fórmula 1, o que resta? DTM, como Augusto Farfus? Endurance como Lucas Di Grassi? F-Indy como Kanaan e Helio? Sim, todas ótimas e muito dignas alternativas para sua carreira, ainda que não tão conhecidas e grandiosas como a categoria de Bernie. Se o caminho for um desses, não pensem que será fácil, pois essas vagas também são caras e a presença de seus apoiadores teria que ser rediscutida, já que se tratam de outros mercados e coberturas de mídia.

Assim, só nos resta esperar e cruzar os dedos para que, no fim, Bruno faça a melhor escolha, dentre aquelas que realmente estiverem ao seu alcance.

10 comentários:

AmandioGP disse...

Sinceramente, e sei que não vão gostar do meu comentário, mas o Bruno não fez nada de especial na F1. Não tô nem falando do nome dele ou qualquer coisa do gênero, tô falando dele e só dele, como piloto. Não é só pq ele é brasileiro que precisamos ficar sempre torcendo pra ele. Vou continuar torcendo pro Rubinho!

Felippe B. disse...

Bruno é um bom piloto, nada mais.

Por mais que tenha ganhado uma ordinária graninha a mais, Williams errou ao trocar Barrichello por ele, isso é indiscutível

Com Rubens eles pontuariam mais e chegariam mais à frente no campeonato de contrutores e aí a equipe ganharia muito mais grana do que com os patrocínios que Bruno levou.

Anônimo disse...

O Bruno devia ir pra Indy se quer continuar em monoposto, é muito mais barato correr por lá (o Rubens deixou de conseguir a vaga na HSM por conta de 3 milhões de dólares...que é troco na F1) e as chances lá tb são melhores, já que não tem o favorecimento de piloto dentro das equipes. Ainda tem a vantagem de, se fizer um bom trabalho ter a chance de ir pra Penske ou Ganassi, já que Hélio, Franchitti, Dixon... já são quase quarentões... e mesmo em equipes médias, as chances de bons resultados são muito maiores. Bom, isso pra monoposto... ele deveria ter aceito o convite do Nelsinho e ir pra NASCAR tb... ver a disputa Senna x Piquet de novo ia ser muito legal... daqui uns dias até a McLaren e Ferrari terão pilotos pagantes.

Adriano Souza

Anônimo disse...


O Bruno tem potencial e fez o que era possivel com as condiçoes que teve. Claro que teria feito bem melhor se tivesse entrado na altura certa e com o carro certo, como teria merecido. A saida da Honda fe-lo perder grandes oportunidades. Provavelmente teria ganho corridas logo na sua estreia em 2009, enquanto o piloto que acabou por correr na Brawn so ganhou um GP na sua oitava temporada de F1. Alem disso teve o melhor carro durante seis anos e nunca foi campeao. Nao foi campeao nem deixou os outros terem as oportunidades que ele, com toda a sua experiencia, nao conseguiu aproveitar...


Anônimo disse...

Vai no banheiro pra gente se beijar, bem la no escurinho pra ninguém desconfiar, cara de santa mais não engana não, é hoje que eu te pego você não escapa não

Essa musica é pra ti querido Inácio

Alex Hall disse...

É uma pena as coisas não terem ido muito bem para o Bruno na F-1.
Acho que ele é um bom piloto, esforçado, sempre tentando aprender coisas sobre o carro. Mas realmente a falta de experiência, essas limitações todas de testes, fizeram falta para ele e para todos os outros pilotos, titulares ou reservas.
Espero que ele continue na F-1 e possa ficar pelo menos 2 anos seguidos em alguma equipe.

Anônimo disse...

Bruno so esta na F1 pelo sobrenome, infelizmente ser Campeao nao esta no DNA... Pilotos ate melhores estao na longa fila para F1 vai depender da $$$ como sempre alguem tem que pagar a conta da Equipe.

Anônimo disse...

Bruno Senna nao pilota nada, perdeu do Chandok na falida Hispania, perdeu do Petrov na Renault e perdeu do Maldonado na Williams. Tenta algo na Indy ou na DTM.

A Caterham ta na duvida entre Petrov e Van der Garde, mas nao e por experiencia ou falta de experiencia como eles dizem nao, e pela grana, quem levar mais e chegar primeiro leva (e q o Petrov ta dificil arrumar grana). Com isso se ele nao entrar o holandes e favorito. O Razia poderia ter chançe, mas lançe é a grana e ele tem menos (o Bruno Senna seus bancadores nao vao querer jogar dinheiro fora nessa equipe).

A Force India não quer abrir o jogo logo e o lançe não e grana quem paga mais, a verdade é que eles querem o Sutil e a Ferrari quer por o Bianchi pq ano que vem é o motor deles que vai ta la, então a equipe ta decidindo o que fazer, e o certo seria tirarem o Di Resta (que so esta pq a Mercedes ta la mas sai no fim do ano), e é o que pode acontecer, pq se ele não foi anunciado ainda e pq a equipe sabe que ele não serve pra liderar a equipe (lá q já teve Fisichella, Sutil e Hulkenberg como primeiro pilotos)

A vida do Oliver disse...

Eu acho interessante. Pq tirando Hill e Villeneuve na decada de 90, nunca mais tivemos parentes de campeoes na formula 1 em equipes grandes? Os filhos do mansell estao soltos por aew, o do prost tb, o senninha (q nao eh filho) tb nao tem uma oportunidade direita.
A F-1 virou aquele campeonato de comadres. A Williams é só a ponta do iceberg dessa grandissima merda!
Como disseram aqui, daqui uns dias, teremos pilotos pagantes ate na mclaren e ferrari.

Saulo Bastos disse...

Bom dia José. Meu ceticismo é terrível e posso até estar enganado, mas acredito que dificilmente veremos Bruno alinhar em 2013... Não em bólidos de Fórmula 1. Talvez isso ocorra em alguma situação atípica.