quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Vejam a USF1! Olhe para baixo...

Você acaba de pisar no "projeto" dela.

Olhe bem embaixo dos seus pés, o que você vê? Nada. É mais ou menos isso o que a USF1 fez até agora para a temporada da F1, e nada leva a crer que fará muito mais.

O time surgido de entusiasmados americanos que queriam fazer, a médio prazo, uma equipe 100% nacional (mas que chegaram a elogiar e desejar Barrichello quando este ainda estava sem destino certo para 2009) começou a se delinear a mais de um ano atrás, com o nome de USF1 e tinha como sócios o jornalista Peter Windsor e o engenheiro de automobilismo Ken Anderson, tendo como investido principal um dos donos do YouTube, Chad Hurley.

O tempo foi passando e os ideais puristas também. Se no inicio de 2009 se falava em Marco Andretti, Danica Patrick, depois o discurso mudou. Enquanto isso, nada de notícias sólidas do time. Com o decorrer do tempo, falou-se na possibilidade de Villeneuve por lá correr, mas temos que dar um desconto nesse aspecto, porque o canadense está em quase todos os rumores de vagas. Se tiver um trator vazio na fazenda, ele já é cotado.

Chegou o fim de ano, e eis que eles divulgam as primeiras imagens de sua sede, nos EUA (longe de tudo de que a F-1 depende e precisa): Um monte de mesas, bancadas e desenhos e alguns equipamentos sub-dimensionados, só.

Conforme o relógio avançava, falava-se de qualquer piloto com conta corrente num banco. Fisgaram o Argentino José "Pechito" López, que levaria 8 milhões de dólares, parte dele subsidiado - e parcialmente já pago - pelo (des)governo argentino dos Kirchner.

E lá foi ele para a sede da equipe, com contrato assinado para ver seu bólido. Viu um bico. Tudo que eles tinham era um bico, nem o cockpit para tirar as medidas de banco o argentino pôde dispor.

Chegou Fevereiro, o companheiro de "Pechito" nunca foi anunciado, Chad Hurley, o investidor, já tirou de seu Twitter as informações que o relacionavam à USGP (você leu certo, a USF1 teve que mudar seu nome para USGP por imposição de Bernie Ecclestone, detentor da marca "F1"). E mais, saiu na internet que a sede da equipe, na cidade de Charlote no estado da Carolina do Norte está a venda, o que se mostrou verdadeiro, e o jornal The New York Times diz em reportagem recente que fontes de dentro da equipe garantem que os salários de Janeiro estão atrasados, que eles não tem sequer um carro pronto, impossibilitando o necessário crash-test de segurança para aprovação da FIA , quanto mais algo para testar na pista...

E assim a USGP parece se despedir da F1 como chegou, na base do falatório, com nada concreto, nem na hora de sucumbir.