terça-feira, 19 de abril de 2011

Red Bull e a bendita asa flexível

Ano passado devo ter criado uns 3 ou 4 posts sobre esse assunto. Esse ano a polêmica está presente de novo. Dessa vez, com mais detalhes. Não seria só a asa que, sob pressão do ar nas longas retas, penderia sua extremidades, como mostraram as foto ao lado, em comparação com a McLaren em Melbourne

Agora também se fala que o assoalho inteiro do carro é mais inclinado, com a frente mais baixa e a traseira mais elevada, de modo a propiciar algum ganho aerodinâmico com essa diferença de alturas entre a frente baixa e o fim alto (talvez uma diferença de pressão?) As imagens abaixo, colhidas no GP da China não deixam muitas dúvidas de que essa maior inclinação existe, e que segundo disse Rubens Barrichello, aumentar essa altura em apenas 1 milímetro (é milímetro mesmo, não centímetro) já altera todo o comportamento do carro. Imagine então quase dois dedos, como parece ser a diferença aferida no olhômetro?
"Ah, mas na foto acima a asa dianteira da Red Bull está quase na mesma altura da asa da Renault", dirá alguém. Sim, pois está numa curva de baixa velocidade, sem sofrer a ação da pressão do ar. Com o ar a quase 300 km/h a tendencia é repetir a cena acima.

Parece simples não é? Mas lembre-se que o carro todo foi projetado para trabalhar em função dessa altura diferente, então para as outras equipes copiarem não basta só levantar também, pois os resultados práticos podem ser até piores que os atuais se não for planejados com todo o cuidado, cálculos complexos, muitas horas em túneis de vento, simulações computacionais de dinâmica de fluidos (CFD), e tudo isso demora tempo e demanda grandes recursos financeiros e humanos.
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