domingo, 28 de fevereiro de 2010

Barrichello e a evolução da Williams


Hoje vou abordar especificamente a equipe Williams F1.Desde o lançamento do carro, em 1º de fevereiro, o carro da equipe inglesa se mostrou confiável, sem nenhuma quebra mecânica, nem problemas crônicos, apenas pequenos problemas "cosméticos" natural de carro novo em início de testes.

Mas se compararmos seu desempenho atual com o dos primeiros testes, notamos que ele está "da metade pra cima" nas folhas de tempo, ao passo que antes era o oposto. Isso signifiva que a equipe de Grove estará, necessariamente, entre as mais rápidas? Não. Porque? Por que com tanta diferença de peso de gasolina, fica difícil pontificar quem é quem na ordem de forças da F1 2010. Depreeende-se entretanto que a equipe está sim evoluindo, graças em parte aos aprimoramentos do motor da Cosworth, que como sabemos, tem seu desenvolvimento liberado até antes do GP do Bahrein e vem evoluindo em consumo, potência e dirigibilidade (ele não entrega a potência toda de uma vez, desequilibrando o carro).

Ontem, entretanto, Barrichello me disse por meio de seu "twitter" que do começo dos testes até o dia de hoje, que encerra os testes de inverno, a área em que o carro mais teve ganhos foi a aerodinâmica, uma área em que nós mortais mal percebemos as evoluções menos óbvias, devido à sutileza dessas alterações, não captadas pelas fotos que correm o mundo (com excessão da foto principal acima, da barbatana testada pela Williams). Sam Michael, Diretor técnico da Williams creditou uma parte dessa evolução às informações que o brasileiro passa ao mecânicos sobre, por exemplo, comportamento dos pneus, outro ponto fundamental no desempenho do carro.



Ainda sobre a evolução do bólido, quando perguntei-lhe sobre o seu equilíbrio, Barrichello respondeu: "já está bem... com tanque cheio precisamos melhorar". E essa melhora pode, ao menos em parte já ter chegado, pois segundo o ex-piloto de F1 e seu amigo Luciano Burti, Rubens testou um novo pacote aerodinâmico hoje, último dia de testes. E o resultado vocês viram: Barrichello, declaradamente sem forçar tudo do carro, fechou a 0,398 do melhor tempo dos testes e seu companheiro foi ainda melhor, mostrando que a Williams não está na disputa por título, mas poderá beliscar alguns pódios.

Como uma curiosidade final, ainda ontem, quando lhe perguntaram se pensava em mudar o visual de seu capacete devido à semelhança com o de seu companheiro Nico Hulkenberg, Barrichello falou: "
tenho alguma coisa em mente mas na primeira (corrida) vou original"!


Clique nas imagens para ampliá-las


sábado, 27 de fevereiro de 2010

Isso é que é sorte!



Muita sorte de quem sobrevive e de quem estava lá filmando isso pra mostrar!

Nova carenagem da Ferrari.

Para quem tem o "melhor carro da temporada", a Ferrari não dorme no ponto.

Em Barcelona, assim como as outras equipes, ela está testando novoas soluções aerodinâmicas, e a que mais chama atenção é a nova carenagem estilo barbatana, como as usadas por Red-Bull e Mclaren, Renault, Sauber e Toro Rosso desde o começo do ano.

Esse recurso, segundo os especialistas em aerodinâmica da F-1, é mais útil em circuitos com curvas de alta, como Barcelona, pois conferem mais estabilidade ao carro nessas condições de altas velocidades em curva.

Repare nas imagens abaixo que, diferente de Mclaren e Red Bull, o modelo da Ferrari tem um espaço vazio maior entre o aerofólio em sí e o fim da carenagem que tampa o motor. Isso teria a ver com o fluxo de ar na traseira do carro. O modelo também não parece tão complexo e robusto como o da Mclaren. Não me pergunte o que essas diferenças acarretam, pois ainda não sei. Será que os italianos vão usá-la já no Bahrein? Clique nas imagens para ampliá-las:


Como fazer uma reportagem




Vídeo (em inglês) muito bom sobre como é apresentada uma notícia nos telejornais. Cada detalhe, cada truque destrinchado com humor. Aliás, o humor está exatamente na seriedade em que cada clichê é descontruido passo a passo, como se fosse uma notícia real.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Novos Porsche Cayenne




Nova Linha Porsche Cayenne: maiores, mais bonitos, mais leves, mais rápidos, mais econômicos, mais ecológicos... Ah, mais caros também.

Porque sextas-feiras são diferentes

Você certamente já reparou que a energia vinda de uma sexta-feira normal, é diferente. Digo sexta-feira normal no sentido de não coincidir com alguma data ou acontecimento específico que altere sua percepção do dia.


Sextas tem uma energia de relaxamento, um sentimento de "hoje acaba" (a semana) e "hoje começa" (o descanço), tanto para quem que trabalha, como para que não trabalha. Para quem trabalha, acordar na sexta-feira tem um sentimento de liberdade, leveza, pois sabe que no trabalho o clima vai estar mais tranquilo, com todos fazendo e contando seus planos para o fim de semana, como a viajem pro sítio, para a praia, a balada, o barzinho, acordar tarde... Tem-se a sensação que os 3 dias pela frente serão como uma versão light de um comercial de leite em pó Molico, cheio de gente feliz, bonita, sorrindo e com vento soprando nas cortinas brancas da casa de praia...! No trabalho, as coisas rendem mais, mesmo que tenha mais conversas paralelas durante o dia, ha mais riso, otimismo, mesmo quando o tempo ou o resultado não está dos melhores. E se você realmente não gosta do que faz ou de com quem convive, já fica a certeza de que "hoje acaba, é só mais um pouquinho!".

Esse sentimento libertador extrapola chuva e frio, e quase sempre se ouve aqui e ali pipocarem aquelas batidas frases "temos que combinar de nos ver...!" ou "Vamos combinar uma pizza!" tudo vago, sem data definida e com um sorriso no rosto. E tudo bem! A graça de sexta é que é tudo com leveza, esses meio-convites não tem (tanta) cobrança, pois queremos mais é que o dia termine numa boa, para irmos ao happy-hour ou pra casa mesmo, ainda que com o trânsito pior.

Para quem não trabalha (eu, que já fiquei sem trabalhar por alguns bons meses antes de trabalhar na ALLTV, Blog e outras coisas, sei bem), sextas também são aguardadas com alento, pois você sabe que ao fim do dia, os trabalhadores estarão "equiparados" a você, isto é: Não vão trabalhar, igualzinho a você! Você terá dias de igualdade, sem comparações diretas, sem causar estranheza aos demais por acordar tarde, sem sentir-se deslocado e desconfortável por poder acordar tarde, pois estamos no mesmo clube por esses dias! Depois vem a segunda, claro... Mas não estraguemos a beleza rústica e virginal da coluna falando em desgraça!

Enfim, sextas-feiras têm uma conotação gregária, que une as pessoas, senão fisicamente, espiritualmente com certeza. Hoje é sexta-feira! Não deixe que as frustrações de seu chefe, que alguém de mente pequena ou simples contratempos estraguem com seu dia, não arranhem sua Sexta e conseqüentemente seu fim de semana, com bobagens que você superaria contando até dez, ou cem se necessário. Sorria, faça planos, elogie e, se der, saia um pouco mais cedo, pois vai cair um toró!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A roda da Ferrari

Como se sabe, a partir desse ano acaba o reabastecimento na F1. Com isso as trocas de pneus nos Pit-stops ganham muito mais importância, pois será o único fato externo à corrida que poderá significar perda (ou ganho) de tempo para os pilotos.

Em busca de melhorar a velocidade nas trocas de pneus, as equipes estão se desdobrando em achar alternativas, além de treinar a equipe a exaustão, claro.

Eis que a ferrari desenvolveu um cubo rápido (nome do parafuso único que prende as rodas ao carro) "revolucionario". Todas as quipes usam isso, o desenhoredondo dessa que é a novidade. Será que vai funcionar?


Clique nas imagens para aumentá-las.

Como estragar 6 milhões de reais em 20 segundos




Bugatti Veyron, 1001 cavalos de potência, alcança mais de 400 km/h, custa mais de 6 milhões de reais, tudo, por agua abaixo, literalmente...

Paulo Francis, quando tudo da errado...



Esse vídeo é uma compilação de erros de gravação de participações de Paulo Francis, grande jornalista brasileiro morto em 1997 (de infarte).

Ainda que a base do vídeo sejam impropérios, vale a pena para matar a saudades desse grande sábio de humor ácido e cortante

Estranho são os outros

Pare e repare, olhe que maravilha...

Assim começa a música, mas a realidade é outra, é dura! Pare e olhe para a primeira pessoa ao seu lado. Ok, talvez não agora, pois você está na frente do computador e as pessoas ao seu lado ou são da sua família ou são do seu trabalho, mas um dia experimente ir a qualquer lugar público e sentar-se. Observe então a fauna a sua volta.

Desfilará por você pessoas estranhas, gente com testa grande ou carecas que acham que se pentear o cabelo das laterais e da nuca até lá na frente, ninguém vai reparar que são carecas, como se calvice fosse fraqueza de caráter (só em alguns casos). Verá aquela mulher de mais de quarenta anos que se veste como se fosse uma paquita velha, negando pelas roupas a idade que as rugas, logo acima, entregam. Verá mulheres de 60 com tantas plásticas que seus rostos mais parecem a cara de uma raposa, e de tão esticadas mal conseguem esticar as duas pernas ao mesmo tempo. Verá cinquentões-meninões, com camiseta agarradinha e bronze artificial e em cima, impecáveis implantes capilares que mais parecem cabelo de boneca, com aqueles tufos no melhor estilo plantação de milho. Cruzará com gordas que se acham sexy (e porque não seriam?) e usam decotes e calças justíssimas, que só saem na tesourada; gente alta que, inconscientemente, tenta se misturar à massa mais baixa andando curvado, tímidos e reservados. Já viu isso tudo? Nossa, você está aonde?!

Mas o que faz essas pessoas serem como são? O mesmo que fez sermos como somos, é claro! O ambiente em que vivem, a educação que receberam, a cultura que adquiriram, os traumas pelos quais passaram, etc.

Dependendo dos pais que você teve (ou não teve), você vai usar desodorante ruim e vai se achar o máximo. Dependendo dos livros que você não leu, você pode acabar restrito a um círculo social de amigos burros e ignorantes que usam regata e chinelo Ryder o dia inteiro. Dependendo do que você não estudou, você pode acabar até Presidente da República...

Enfim, tudo isso serve para você parar e pensar "puxa, que fantástico, sou absolutamente normal!". De certa maneira, é sim reconfortante olharmos para os menos afortunados em normalidade e bom senso e perceber que nós, mesmo com nossos pequenos defeitos e manias, somos aceitos como "normais" (pelo menos gostamos de pensar assim). Portanto, ao reparar na esquisitice da pessoa à sua esquerda e destilar comentários irônicos para mesmo, cuidado, pois do seu outro lado alguém pode estar fazendo exatamente o mesmo com você. Sim, com VOCÊ!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Testes de Barcelona

Começa nessa quinta-feira em Barcelona os últimos 4 dias de testes da antes do início do campeonato da F-1.

Esse teste pode ser o maio indicador de forças entre as equipes antes do GP do Bahrein.
Todas as onze equipes que já tem carro estarão lá, testando atualizações, novidadades mecânicas, aerodinâmicas, e no caso de Williams, Lotus e Virgin, novidades no motor também, pois as 3 correm com os Cosworth, que é o único motor que ainda não está com o seu desenvolvimento congelado pelas regras da FIA, e pode evoluir até antes do primeiro GP no dia 12 do mes que vem.

Nesse teste teremos uma idéia mas próxima da real do quadro evolutivo de cada equipe, quem é mais rápida, quem anda melhor com peso, qual desgasta menos pneus, qual motor gasta mais combustível e até qual ainda sofre com problemas de confiabilidade, como a Virgin vinha sofrendo.

Como já disse antes, não podemos saber ao certo qual é o carro mais rápido, pois só com a variável de quantidade de combustíveis, ha mais de 4 segundos de diferença nos tempos de pista, e nunca sabemos quem carrega que peso gasolina, mas é de se esperar essa semana que todas as equipes, ou pelo menos a maioria, tente aproveitar o bom tempo e pista seca para em algum momento andar com pouca gasolina para simular uma qualificação, e aí sim, dar-nos um esboço de seus potenciais de velocidade. A se destacar entretanto, que as equipes ainda não precisam correr com o peso mínimo de 620, então podemos ver alguma equipe menor "fazendo um bonito" para atrair os holofotes da imprensa e possíveis patrocinadores de última hora, o que não é o caso das sólidas e estabelecidas Ferrari, Red-Bull, Mercedes, Mclaren e Williams.

Outro fator interessante a se considerar é que Barcelona é única pista usada nos testes de inverno que também é palco de um das corridas durante o campeonato, então poderemos comparar os tempos desse ano com os do ano passado e, mais pra frente, compará-lo com os próprio tempos obtidos durante o seu GP oficial, já com alguma evolução dos carros ao longo do ano.

Depois dos testes, farei uma analise de minhas impressões derradeiras pré-campeonato.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Grandes mulheres, grandes carros 2


Hoje é dia de Ângela e o Ford Maverick

Ângela Maria Diniz Gonçalves, nascida no Rio de Janeiro em 5 de dezembro de 1949, começou a estudar piano clássico já aos 5 anos de idade. Na sua juventude, foi musicalmente influenciada por Maysa (sim, a do seriado), Ella Fitzgerald e Jacques Brel. Na década de 60, no auge da ditadura militar, mudou-se para Londres, onde trabalhou em restaurantes e cantou em Pubs.

Em sua volta ao Brasil, nos anos 70, ela foi contratada pela Polygram, gravando inúmeros sucesso, de sua autoria, como Meu Grande amor e Meu mal é a Birita, tendo como uma de suas características a vóz grave e rouca (daí o " ") e a pronuncia com forte acento carioca, sobretudo nas letras "r". Sua vida pessoa, igualmente marcante, foi marcada por escândalos, graças a seu temperamento forte, alcoolismo e uso de drogas. Exemplos de polêmica vão desde sair de um programa de televisão ao vivo, passando por acusações de que teria agredido sua então namorada Zizi Possi e o incêndio de seu próprio apartamento. Depois desse período conturbado, no início dos anos 2000 ela largou as drogas e o álcool, emagreceu e voltou a fazer sucesso, apresentando um Talk-Show no Canal Brasil, lançando CD´s, DVD´s e ganhando prêmios como cantora.

O Ford Maverick foi o primeiro "muscle car" produzido no Brasil, a partir de 1973, ainda que seu projeto seja dos EUA, de 1968. No país, seus motores eram inicialmente um 3.0L 6 cilindros em linha ou o importado 5.0L V8. Depois o 3.0, lento e beberrão, foi substituído pelo 2.3L 4 cilindros, mais rápido e econômico, mas a má fama do motor antigo comprometeu as vendas desse também, pois os consumidores pensavam, "se o antigo que era maior, não andava, imagine esse". O carro em sua versão 2 portas e com motor V8 era muito veloz e querido pelo público, apesar da visibilidade ruim e espaço apertado para quem vai no banco de trás. Com o passar dos anos, ele sofreu pequenas modificações estéticas e mecânicas e chegou a ter uma versão especial "quadrijet" com carburador de corpo quadruplo mudanças no motor, que o fazia chegar de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos e atingir 205 km/h de velocidade máxima, o recorde nacional da época.

No fim da década de 70, a fama de beberrão do carro e suas formas tidas como datadas, bem como a adoção de modificações estéticas duvidosas e o motor 2,3 como item de série, fez com que suas vendas caíssem, tendo assim sua produção encerrada em 1979, com mais de 108 mil carros vendidos. Durante a década de 80 o preço dos modelos usados caiu muito, tornando-se um carro rejeitado pelo mercado, mas na década de 90 e 2000 seus modelos usados voltaram a ser cultuados e valorizados, especialmente as versões V8.

A relação entre Ângela e os Ford Maverick se da porque ambos eram belos e beberrões, fazendo muito sucesso no passado, dando uma sumida no fim da década de 80 e inicio de 90, dando a volta por cima e tornando a ser admirados e cultuados - merecidamente - nos dias de hoje.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Flanelinhas assassinos!



Com a onda de e-mails que entopem a internet com alertas sobre meninos de semáforo que ao invés de limpar os vidros dos carros com borrifadores de água e flanelas, usariam ácido, resolvi relatar o ocorrido comigo em situação semelhante...

Outro dia eu estava dormindo no meu quarto, quando um garoto, daqueles com um borrifador plástico (tipo Vidrex) e uma flanela nas mãos me acordou pedindo por dinheiro. Eu abri os olhos, ainda com sono, tentando entender o que estava acontecendo e como ele fora parar no meu quarto. Minha reação natural foi falar para ele não me levar a mal, mas que não dormia com dinheiro nem moedas. Diante da minha negativa, ele virou a cabeça para cima e com olhos fechados e soltou um grito apavorante seguido de duas tosses secas e borrifou ácido em minha face, que começou a borbulhar e queimar. Por sorte tinha a meu lado um Anulador de Ácidos e Todos Os Seus Efeitos, que logo apliquei, com movimentos circulares, em meu rosto, anulando assim as todas as incoveniências de eventuais deformidades oriundas do atentado. Em seguida saí correndo pelo corredor, vestido só de pijamas, e ele me perseguindo. A essa altura ele já havia se livrado do borrifador e estava com um enorme machado a me perseguir, gritando frases desconexas que relacionavam de alguma maneira os termos "ódio", "berinjela" e "Guiné-Bissau".

Depois de eu correr pelas salas, ele sumiu do meu encalço, mas depois de alguns segundos, lá estava ele, impávido, na minha frente, com um fuzil M-16 em cada braço atirando diretamente em mim como num filme de Chuck Norris! Eu me joguei para o lado, rolando como um tatu-bola e dei de frente com um grupo de mercenários, todos usuários de drogas, que ao mesmo tempo em que fumavam cachimbos de crack, tentavam me matar com golpes de malabares tóxicos, atirando com metralhadoras, pistolas, granadas e até dinamites.


Consegui me esgueirar pela porta entreaberta (na certa a porta por onde os mal-feitores adentraram o recinto) e alcancei o jardim de minha casa. Mas esses flanelinhas são ardilosos! Eles colocaram minas terrestres por todo o caminho, me obrigando a saltitar como uma garça com as pernas esticadas, para não explodir. Depois, alguns metros à frente, ainda sobre campo minado, o grupo de renegados saiu da casa se juntando a uma turba enfurecida de garotos e garotas de semáforo e iniciaram disparos contra mim. Eu me joguei atrás dos arbustos. Mas para que!? Para dar de frente com outra milícia de descamisados odiosos com lança-chamas e canhões atirando a plena força contra esse que lhes escreve.

Com minha musculatura altamente desenvolvida e intelecto fantásticamente atilado, iniciei uma longa corrida por dentre as árvores, mas aquela gente já havia se preparado, permeando o solo com milhares de escorpiões, cobras venenosas, sanguessugas, leões e até 3 ou 4 aquários estrategicamente localizados com tubarões, jacarés e piranhas famintas em seu interior. Para evitar a morte certa, agarrei-me num cipó e por dentre as copas das árvores, uma a uma, empreendi fuga, ainda sob o som de flechas zunido, explosões e fogo de artilharia pesada.
Ao final, pulei um muro de 10 metros e rolei controladamente por um despenhadeiro de 600 metros, procurando desviar de pedras pontiagudas que, de certo haviam sido previamente colocadas lá pelos meliantes com a única finalidade de me ferir, e nos últimos metros, com uma grande pirueta a lá Diego Hipólito, saltei a grade de arame farpado eletrificado e ganhei a rua.

Mas ai de mim! Dei de cara com um grupo de mendigos sanguinolentos que jogavam jornal velho em chamas em mim ao som de impropérios e escarradas tóxicas. Desci um, dois, quarenta e oito quarteirões correndo e entrei num Porsche que sempre deixo com o motor ligado para o caso de situações como essa, e fui à delegacia mais próxima. Depois de relatar o ocorrido, fui informado pelas autoridades que essa atitude dos garotos de cruzamento é algo muito ruim e reprovável.

Fiquem alertas e avisem seus amigos e familiares, guardada uma ou outra tinta mais forte em meu relato, pelo que recebo pelos e-mail o que temos nas ruas é bem por aí...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Grandes mulheres, grandes carros

Hoje inicio uma nova sessão em meu blog. O título é esse aí acima, relacionando carros que foram importantes na história, com personalidades femininas que se destacaram ou ainda se destacam, de uma maneira ou outra (preferencialmente positiva)!

A foto inicial é da grande cantora "Marrom" Alcione e do grande Ford Galaxie.

Alcione Dias Nazareth, nascida em 1942, em São Luis, Maranhão gravou seu primeiro LP "A Voz do Samba" em 1975, ganhando assim também, seu primeiro disco de ouro. Depois gravou sucessos como "Garoto Maroto" e "Não deixe o samba morrer", periodo em que ganhou o apelido de Marrom. Desde então construiu uma carreira de muito sucesso, ganhando vários prêmios, como o "Premio TIM" de 2005.

O Ford Galaxie surgiu no Brasil em 1967 e foi fabricado até 1983, periodo em que foi o maior expoente de luxo da marca no Brasil. O carro, de dimensões transatlânticas era famoso por seu conforto e maciês ao rodar (lembrem-se que ele é um projeto americano), por dispor de equipamentos até então raríssimos, como direção hidráulica e ar-condiconado e por seu possante e beberrão motor nacional V8 de 3,6 litros e 164 cv de potência. Depois recebeu um outro V8, importado dos EUA, de 4,8L e 190 cv e terminou com o mesmo motor, alterado para 5.0l e 199 cv, tendo sofrido varias alterações estéticas ao longo desse periodo.

A relação entre os ícones acima se dá na medida que Alcione, em sua longeva e profícua carreira, canta desde a década de 70, periodo em que o Galaxie era o soberano das ruas brasileiras, tendo a diva do samba certamente utilizado em várias ocasiões pelas ruas do país. Pronto, taí a relação entre ambos!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Vejam a USF1! Olhe para baixo...

Você acaba de pisar no "projeto" dela.

Olhe bem embaixo dos seus pés, o que você vê? Nada. É mais ou menos isso o que a USF1 fez até agora para a temporada da F1, e nada leva a crer que fará muito mais.

O time surgido de entusiasmados americanos que queriam fazer, a médio prazo, uma equipe 100% nacional (mas que chegaram a elogiar e desejar Barrichello quando este ainda estava sem destino certo para 2009) começou a se delinear a mais de um ano atrás, com o nome de USF1 e tinha como sócios o jornalista Peter Windsor e o engenheiro de automobilismo Ken Anderson, tendo como investido principal um dos donos do YouTube, Chad Hurley.

O tempo foi passando e os ideais puristas também. Se no inicio de 2009 se falava em Marco Andretti, Danica Patrick, depois o discurso mudou. Enquanto isso, nada de notícias sólidas do time. Com o decorrer do tempo, falou-se na possibilidade de Villeneuve por lá correr, mas temos que dar um desconto nesse aspecto, porque o canadense está em quase todos os rumores de vagas. Se tiver um trator vazio na fazenda, ele já é cotado.

Chegou o fim de ano, e eis que eles divulgam as primeiras imagens de sua sede, nos EUA (longe de tudo de que a F-1 depende e precisa): Um monte de mesas, bancadas e desenhos e alguns equipamentos sub-dimensionados, só.

Conforme o relógio avançava, falava-se de qualquer piloto com conta corrente num banco. Fisgaram o Argentino José "Pechito" López, que levaria 8 milhões de dólares, parte dele subsidiado - e parcialmente já pago - pelo (des)governo argentino dos Kirchner.

E lá foi ele para a sede da equipe, com contrato assinado para ver seu bólido. Viu um bico. Tudo que eles tinham era um bico, nem o cockpit para tirar as medidas de banco o argentino pôde dispor.

Chegou Fevereiro, o companheiro de "Pechito" nunca foi anunciado, Chad Hurley, o investidor, já tirou de seu Twitter as informações que o relacionavam à USGP (você leu certo, a USF1 teve que mudar seu nome para USGP por imposição de Bernie Ecclestone, detentor da marca "F1"). E mais, saiu na internet que a sede da equipe, na cidade de Charlote no estado da Carolina do Norte está a venda, o que se mostrou verdadeiro, e o jornal The New York Times diz em reportagem recente que fontes de dentro da equipe garantem que os salários de Janeiro estão atrasados, que eles não tem sequer um carro pronto, impossibilitando o necessário crash-test de segurança para aprovação da FIA , quanto mais algo para testar na pista...

E assim a USGP parece se despedir da F1 como chegou, na base do falatório, com nada concreto, nem na hora de sucumbir.




quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaval: Piscina, sol e virose.

Quem lê o título acima pode ter a impressão de que meu Carnaval foi uma desgraça. Ledo engano!

Sexta-feira zarpei de São Paulo com casais de amigos rumo à aprazível praia de Maresias, litoral Norte de São Paulo. Viagem tranquilíssima, fomos em menos de 2 horas.

Chegando lá, uma sessão de descarregamento de malas, engradados, comidas etc, afinal, temos que comer e sabemos que comprar alimentos na praia na alta estação é um suplício: Mercados (sempre são pequenos) abafados e lotados de gente suarenta, verduras na mesma temperatura do pãozinho sem sabor recém-saído da sessão da padaria, leite quente, refrigerante quente, até o macarrão já vem quente antes do cozimento, depois tome ficar meia hora na fila do caixa, com mais gente suarenta vestindo camiseta da última campanha da Erundina e chinelo ( bem fininho) dois números menores, nos pés. No estacionamento, outro suplício, seu carro parece a sucursal do inferno e assim que abre as portas, você sabe exatamente como se sentem os falecidos tratados no crematório da Vila Alpina... Dispenso!

Mas, como disse, para evitar esse tipo de dissabor, trouxemos tudo! Até uma cintilante virose, que me abraçou no domingo a noite e só me soltou na terça de manhã.

Descontando isso, muito, mas muuuuito sol, céu azul, numa linda casa de frente para o mar ("Pé na areia" como dizem os entendidos) com possantes ar-condicionados funcionando dia e noite, non-stop.

Como é bom sair para o mar no fim da tarde, com o sol mais fraco, sentir as ondas mornas rebentarem sobre nossas cabeças, arrastando o filtro solar para os seus olhos, que lacrimejam, bem na hora de você não ver outra onda maior leva-lo para o fundo, junto à areia e nosso calção solto! É bom mesmo, apesar do potencial irônico de minha última frase, realmente gosto disso, exceto pelo calção solto e filtro nos olhos.

Depois da praia, ducha fria e muita piscina, sucos, patêzinhos, drinks refrescantes levemente "calibrados", e mais descanso!

Chega a noite, 90% dos visitantes da cidade vão para a boate Sirena, a mais badalada das quadradezas, e eu sou um feliz membro do seleto clube dos 10% que nada fazem! E que beleza é isso! Enquanto centenas de pessoas se acotovelam (suarentas) para gastar pequenas fortunas e serem maltratados e empurrados, meus amigos e eu resplandecemos na piscina, vendo o mar, ouvindo as ondas, conversando...

Não me entendam mal, gosto de animação, já fui à camarote assistir ao desfile das Escolas de Samba (recomendo), já pulei Carnaval em salões no interior ao som de animadas marchinhas (também recomendo), mas cheguei a conclusão que para esse tipo de programa você precisa ter um grupo numeroso, coeso em espírito e civilidade e com um esquema razoavelmente bom no lugar que se vai, o que costuma sair bem caro.

E assim, animadamente, os dias fora se sucedendo, com um churrasquinho aqui, uma pizzinha acolá, temperados de muita risada e até o trânsito da volta não foi, nem de longe, tão ruim como poderia ser! De quebra até a danada da virose, se olharmos de um ponto de vista otimista, me ajudou a emagrecer um quilo!

Enfim, sossego e paz podem ser muito bons quando em boa companhia e quando bem instalado. No carnaval, todos querem seu lugar ao sol, eu prefiro sombra e àgua fresca (de côco, se tiver) com uma boa conversa!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Bruno Senna e a Campos

Olá meus amigos

Enquanto ouço um belo "Yodel" Tirolêz, penso sobre a situação de Bruno.
Aqui no Brasil, não sabemos, obviamente, de todos os fatos e desdobramentos que acercam o futuro de Bruno, mas pelo que leio na imprensa brasileira, italiana e inglesa (e leio bastante), a Campos está com a corda no pescoço, e pelo que dizem, o laço já está apertando.
O problema seria falta de dinheiro. Adrian Campos teria apostado todas as suas fichas no carisma que o sobrenome Senna desperta, aliado aos prognósticos positivos da carreira de Bruno, que tem potencial para "chegar lá".

Ocorre que por mais que essa vertente comercial seja de fato atraente, Adrian teria confiado demais nesse item, achando que Bruno, sozinho, seria um catalisador de muito dinheiro a curto prazo. Não é, pelo menos não a curto prazo. E nem teria como ser, pois ele está no início de carreira e seus eventuais patrocinadores apostam proporcionalmente a esse fato, ele não tem como levantar patrocinadores do mesmo vulto de Alonso, Schumacher, etc, que já "chegaram lá" e se estabeleceram.

Adrian também teria apostado em um segundo piloto pagante, como o russo Vitaly Petrov, o veterano espanhol De La Rosa e o venezuelano Maldonado. Petrov foi, inclusive, um dos primeiros candidatos cortejados para essa vaga, mas preferiu se endividar para apostar na maior experiência e solidez da Renault. De la Rosa preferiu (ou foi preferido) a BMW-Sauber, aliado ao fundamental fato de que não disporia do dinheiro que a Campos teria exigido. Sobrou Maldonado, mas desse, pouco se falou desde o ano passado.

Depois disso, foi ventilada a hipótese de Tony Teixeira, dono da extinta e quase-falida categoria A1GP, tornar-se sócio ou mesmo comprador da Campos. Essa história também perdeu força e silenciou.

Com isso a Campos que comprometeu-se publicamente a apresentar o companheiro de Bruno antes do Natal, chega a 10 Fevereiro em silêncio e rodeado de incertezas, pior, hoje está iniciando a segunda etapa de testes de inverno da formula 1 na Espanha, com 10 equipes presentes, inclusive a novata Virgin GP de Lucas Di Grassi, e lembrando que amanhã é a novata Lotus mostrará à imprensa o carro que Kovalainen e Trulli irão dirigir, e nada da equipe Campos.

Para coroar a tensão, havia a expectativa que o "Pacto da Concórdia" (regras definidas para o campeonato em comum acordo entre as equipes e a Federação Internacional de Automobilismo - FIA) permitisse que equipes estreantes pudessem faltar a até 3 etapas do campeonato, tempo que seria usado para tentar viabilizar financeiramente as faltosas. Pois bem, hoje a FIA veio a público dizer que não existe essa hipótese.

A situação é realmente preocupante, mas tenho certeza que Bruno, que é muito inteligente, bem assessorado e - sobretudo - respeitado como piloto, está se mexendo, seja para ajudar a viabilizar a Campos, seja procurando um "plano B" como a Stefan GP, equipe ainda não inscrita e que quer correr com o carro 2010 projetado pela extinta Toyota, ou ainda conseguindo uma vaga como piloto de testes de alguma equipe estabelecida.

Temos que aguardar, creio que em menos de 1 mês teremos a definição para toda essa sinuca de bico, até lá é torcer, e isso fazemos bem.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Calor urbano

Olá!

Hoje iria escrever sobre a Formula 1, mas o calor é tamanho, que meu cérebro foi derretido, como um bom queijo Reblochon.

Saí de casa já sob os auspícios do calor abrasador, mas tudo bem, meu carro estava fresco pois fica em área coberta e arejada. Ciente do perigo por vir, liguei preventivamente o ar-condicionado no máximo, pois conheço o sol que me ilumina (dizem dentro do sol é ainda mais quente, mas duvido!) e segui meu caminho.

Fiz o que tinha que fazer (teste para comercial de Whisky) e na volta ao carro, ah... Ele estava quente, fumegante por ter passado uma hora e meia sob exposição incessante do sol. Abri as portas e a sensação que tive foi a de enfiar a cara num forno de pizza, sem ao menos o atenuante de ter, efetivamente, uma pizza para comer.

Daí em diante minha tarde estava perdida, pois mesmo com o ar-condicionado (ainda se usa hífen nessa palavra? E hífen, ainda usa acento?) ligado, o calor da lataria, vidros, estofamento, volante, painel etc, não deixaria a temperatura interna baixar para a casa dos dois dígitos célsius.

Desisti!

Desliguei o ar-condicionado (hífen?) e abri as 4 janelas e foi só isso. Se iria passar calor, que fosse com vento.

passam das 20:40 hs, e meu carro, estacionado na garagem ha mais de 4 horas coberta ainda está quente. Acho que manterá-se assim até o inverno, o que poderá vir a ser útil.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ferrari mostra força

Os 3 primeiros dias de testes das equipes de F1 em Valência serviram para deixar uma boa impressão inicial sobre o desempenho da Ferrari.

Claro, não dá para bater o martelo sobre o desempenho dela nem das outras, mas o fato de comandar - com folga - o primeiro lugar nas folhas de tempo na Espanha e ter percorrido mais de 1.400 quilômetros sem nenhuma quebra pode ser indicativo de que o carro F10 é melhor nascido que o F-60, seu antecessor da temporada 2009.

No ano passado, já após os primeiros testes, Felipe Massa deixava transparecer reservas quanto ao desempenho do carro. Esse ano, apesar da salutar cautela do brasileiro e de seu companheiro, o espanhol Fernando Alonso, fica a impressão de que eles mesmos acreditam que o carro é bom.

Se tem ritmo suficiente para bater Mclaren, Mercedes e a aguardada Red-Bull (que estreia quarta-feira que vem, na volta dos testes), só o tempo dirá.

Outro dado sintomático foi o fim boato que circulava semana passada de que a Ferrari já estaria preparando um carro novo para 2010. Isso mesmo. O Jornal inglês "The Times" havia escrito que fontes internas na equipe italiana teriam reportado que um carro novo já estaria em projeto, pois o F10 não teria apresentado desempenho bom o suficiente nas simulações iniciais internas. Pois bem, como disse acima, esse boato sumiu, seja porque era um boato falso, seja porque na prática o carro superou as expectativas - repito - iniciais.

Enfim, a Ferrari parece ter reencontrado o caminho para o sucesso, mas só poderemos confirmar isso ao compará-la com suas rivais em condições de igualdade, e isso só veremos mesmo no treino classificatório do GP do Bahrein.

Williams e os testes

Enquanto esperamos aqui, Williams e Cosworth se debruçam sobre seus equipamentos para os aperfeiçoar visando os testes da semana que vem.

Dizem os jornalistas que estiveram em Valência que, pelo som do motor, a Williams parecia andar com limitador de giros.

Isso pode ser uma das explicações para a declaração de Barrichello que a Mclaren estava cerca de 10Km/h mais rápidos que a Williams na (curta) reta do circuito de Valência

Isso pode ser bom! Significaria que aqueles tempos obtidos por Barrichello e Hukenberg, sempre longe dos líderes, não reflete o real potencial dos carros da equipe de Grove. A própria Cosworth já declarou que a versão final de seu motor só será apresentada depois do último teste em Barcelona, até lá Virgin se une às equipes nos testes, dando ainda mais subsídios para a Cosworth trabalhar e melhorar seus motores - os único liberados para todos os aperfeiçoamentos.

Quanto ao carro em si, segundo as palavras do próprio Barrichello, nasceu bom e ainda tem potencial, mas ainda é muito cedo para dizer qual será o nível de competitividade da equipe em relação às demais, especialmente agora com o tanque de gasolina maior, de modo que só a diferença de quantidade combustível pode significar cerca de 4 segundos, sem contar tipos diferente de pneus (velhos, novos, macios, duros) diferentes configurações aerodinâmicas, limitação nos giros, etc.

Cruzem os dedos, as próximas semanas de testes com Virgin, Red-Bull e Force-Índia, se juntando ao pelotão, prometem responder algumas perguntas, como se os Cosworth serão realmente os "patinhos feios" do grid!