segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Barrichello no Williams 2011

Rubens Barrichello provou nessa segunda-feira em Grove, na sede da Williams na Inglaterra, o molde do banco de seu novo carro 2011. Os detalhes do carro não estão visíveis, bem como a cor final, que nesse modelo ainda é branco mas que não deve refletir as cores finais do carro, tendentes ao azul, tradicional da Williams.
O macacão do piloto também deverá ser outro visto que os patrocinadores irão mudar.

  • Aproveite e leia o "Balanço de temporada" da equipe Williams clicando aqui.
  • Leia também o artigo explicando a atual disputa pelo nome "Lotus" na F1 clicando aqui

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Balanço da temporada: Williams


Outrora grande e poderosa, a Williams enfrenta desde o fim de 1997 o declínio de seu desempenho nas pistas. Mas do fim de 2005 em diante esse declínio teve um fator a mais e mais grave: Numa Formula-1 dominada por motadoras milionárias ou proprietarios bilionários, os ingleses passaram a sentir ausência de um grande parceiro técnico e financeiro como a BMW. Conclusão? As temporadas de 2006, 2007, 2008, 2009 foram todas medianas para a equipe, sem jamais estar posição de disputar títulos ou sequer vitórias. Nesse cenário, 2010 seria um ano ainda pior.

Com o fim da parceira com a Toyota em 2009, tiveram que adaptar seu carro já avançado no projeto aos novos e desconhecidos (em desempenho) Cosworth. Isso lhes custou 6 semanas de desenvolvimento,  pois enquanto suas rivais se concentravam em apurar aerodinamicamente seus projetos finais, a Williams corria atrás de  alterar as estruturas do chassis, câmbio, suspensões, sistemas hidráulicos, distribuição de peso, sistemas de arrefecimento, escape etc para receber o novo motor. Esse tempo e recursos despendidos os deixaram para trás no inicio da temporada.

Além disso, tinham 2 pilotos novos na casa, o então campeão da GP2 Nico Hulkenberg e o veterano Rubens Barrichello eqgresso da campeã Brawn. E essa foi a "sorte" da equipe. Sorte entre aspas, porque contavam com ela desde o começo. Rubens Barrichello com sua experiência em diversas equipes e conhecido acertador de carros aos pouco foi mostrando o caminho das pedras para a equipe, o que acarretou inclusive mudanças nos seus tuneis de vento para se tornarem mais precisos, seguindo os apontamentos do brasileiro.

O resultado é que já antes do meio do ano a equipe que outrora lutava para se classificar lá pela 12ª, 14ª posições, passou a ser visitante habitual - com seus dois carros - no TOP 10 das classificações aos sábados e a pontuar com regularidade nas corridas, alcançando até um 4º e um 5º lugares com Barrichello capitaneando a equipe na sua ressurgência no meio do pelotão.

Um fator que colaborou com o desempenho da equipe foi o ganho de consistência de Hulkenberg, que já mais experiente e ambientado ao carro passou a acompanhar de perto, quando não superar, o desempenho de Barrichello em algumas ocasiões no fim do ano.

Outra coisa que também ajudou a equipe foi a melhora do motore Cosworth, que chegou a ter sua permanência com a equipe ameaçada para 2011 devido a problemas crônicos de desgaste do motor que tinham como conseqüência maior a perda significativa de potência conforme seus motores iam se tornando mais velhos, problema esse resolvido a contento pelo fabricante inglês, que continuou a evoluir ao longo da temporada até atingir níveis de desempenho similares aos de seus rivais Mercedes, Renault e Ferrari.

Todos esses fatores positivos levaram a equipe a superar no fim do ano sua rival Force-Índia na classificação do Campeonato de Construtores, o que além de ser melhor para a imagem da equipe, lhe garante mais alguns milhões de euros para o ano que vem. O lado negativo, entretanto, é que esse desempenho não foi suficiente para evitar a perda de vários grandes patrocinadores, como RBS, Phillips, Allianz e McGregor, desfalcando grandemente o orçamento da equipe para os anos seguintes (os contratos de patrocínios normalmente são de 2 anos ou mais).

Como conseqüência imediata, Nico Hulkenberg, um piloto de talento comprovado e que conseguiu demonstrar isso mais claramente na segunda metade do ano, perdeu sua vaga para Pastor Maldonado, um Venezuelano rápido, sim, mas que sinceramente não vejo com talento suficiente para chegar a um tíulo de F1, diferentemente de Nico. Mas... e há sempre um “mas”, ele vem com a carteira recheada de dinheiro  (dizem que pode chegar a mais de 60 milhões de reais) da PDVSA, a petroleira estatal de seu pais, o que é mais do que bem vindo no atual momento da Williams.

Em 2011 a Williams não deverá da um enorme salto e disputar pódios regularmente, não se iludam. A Williams deverá, sim, começar o ano numa condição bem melhor que iniciou 2010, provavelmente até melhor que encerrou esse ano, isto é:  Pontuando regularmente e se classificando com freqüência entre os 10 primeiros, isso porque aquela grande perda de tempo que teve com as adaptações de motores não se repetirá, podendo a equipe dedicar todos os seus recursos em sua completa base em Grove aos avanços do carro em si, já com as valiosas contribuições de Barrichello desde a sua cncepção do FW33, o que não ocorreu no carro do ano passado, uma vez que o brasileiro pegou o carro já praticamente pronto.

A ver.