quinta-feira, 16 de maio de 2013

Entrevista de Ingo Hoffmann

Com o vocês sabem, no "Programa José Inácio Falou" dessa semana, recebi o doze vezes campeão da Stock-Car Ingo Hoffmann, que falou de sua longa carreira com passagens pelo turismo, F3, F2, F1, seu convívio com Ron Dennis, até chegar à categoria brasileira que o consagrou de 1979  até sua despedida em 2008, momento em que se emocionou no ar.

O "alemão"  também falou sobre a adaptação de seu velho conhecido Rubens Barrichello aos carros e corridas da categoria, a polêmica dos pneus da F1, sua passagem pela GT3, Rally, BMW e sua nova função de instrutor na Mitsubishi Lancer Experience além de contar como funciona seu Instituto Ingo Hoffmann, que auxilia crianças e suas famílias durante o tratamento contra o Câncer. enfim, foi mais de 1 hora de ótima conversa e histórias saborosas:

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Toro Rosso estréia nova lateral

Uma das equipes que manteve um bom desempenho (no seu contexto) no GP da Espanha foi a Toro Rosso, equipe "B" da Red Bull. Para assegurar tal resultado o time italiano trouxe uma lateral redesenhada em sua parte traseira, com o layout dos escapamentos passando a ter um desenho fortemente inspirado em sua irmã maior, com túneis embaixo dele e tornando o efeito coanda mais eficiente, ganhando a quela área perto da suspensão também um novo formato, agora com aberturas para ventilação do motor e câmbio.

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Notei também que o assoalho ganhou uma pequena fenda junto ao pneu, bem ao lado daquela haste metálica que segura um sensor provisório. Compare o antes e o depois do STR8 nas fotos abaixo e clique na imagem para ampliá-la:

As consequências da volta da Honda à F1

Então a McLaren anunciou oficialmente aquilo que há meses já se comentava abertamente: Vai repetir a parceria de sucesso com a sua velha companheira dos anos 80 e 90, a fabricante japonesa Honda. Os nipônicos passam a fornecer motores aos ingleses a partir de 2015, ou seja, um ano após o início da vigência do regulamento que instaura os novos motores 1.6L V6 Turbo limitados à 15.000 rpm e com novo Kers com o dobro da potência (160 cavalos) e que poderá ser usado por 15 segundos por volta, pouco mais que o dobro do tempo atual.

O fornecimento da Honda para a McLaren será de graça, pois será sua parceira principal, mas eles já avisaram que não será em regime de exclusividade e querem fornecer para outras equipes com o tratamento sendo igual para todos os seus parceiros.


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Vamos à algumas considerações:

  • Uma provável boa consequência desse anuncio de hoje é que com mais players disputando clientes no grid, poderemos ter uma redução nos preços dos novos motores, grande reclamação das equipes atualmente (estaria em torno da casa do 25 milhões de euros/ano por equipe, hoje custam cerca de 8 milhões), pois eles vão querer manter seus clientes ou ampliar o número deles.

  • Dá a entender que essa nova configuração dos motores está despertando o interesse de fabricantes do mundo, o que pode significar que em breve poderemos ver outras multinacionais se unindo à Honda, Renault, Mercedes e Ferrari (a Cosworth sai de cena no fim desse ano), enriquecendo ainda mais essa disputa.

  • O fato de a Honda entrar só em 2015 não é aleatório: enquanto Renault, Mercedes e Ferrari estão torrando centenas de milhões de dólares para desenvolver um motor totalmente novo, descobrindo do zero alternativas para melhorar desempenho, diminuir o consumo de desgaste e qual caminho seguir, os japoneses provavelmente empregaram e/ou empregarão algumas cabeças desses outros projetos para trabalhar consigo agora que eles já sabem que caminhos tomar, poupando o gasto muitos milhões em alternativas agora já conhecidas.

  • Eles terão 1 ano de dados e resultados dos motores das rivais para analisar e comparar com o seu, que já está sendo testado nos bancos de provas, aumentando as chances de seu projeto nascer forte, lembrando que os novos propulsores também terão o seu desenvolvimento congelado, assim como os atuais, salvo pequenas e pontuais pequenas equalizações que a FIA poderá autorizar excepcionalmente. 

  • Agora de volta à condição de fornecedora de motores, a Honda terá uma grande chance de apagar a imagem ruim deixada pelo fracasso de sua equipe própria entre anos de 2007 e 2008, quando abandonaram a categoria após seus carros terem sido muito mal concebidos e só registrar um pódio em 2008 com Barrichello na confusa e chuvosa etapa de Silverstone.