quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Dono da Force Índia cada vez mais enrolado

Já contei algumas vezes aqui ao longo dos anos que Vijay Mallya, um dos donos da Force Índia, tem um grande grupo empresarial, entre elas uma companhia aérea (a Kingsfisher) que deve bilhões dólares à funcionários, autoridades e diversos fornecedores e teve sua licença para operar caçada no fim do ano passado. Pois bem, parece que a situação piorou um pouco mais.

Segundo o jornal Financial Times, um grupo de 17 bancos liderados pelo Banco estatal da Índia, resolveu cobrar os empréstimos feitos - e todavia não pagos - à companhia aérea de Vijay. Ainda segundo a matéria no jornal, os credores "perderam a paciência e estão cobrando os empréstimos da Kingsfisher Airlines, algumas delas com garantias pessoais de Mallya, de modo alguns de seus brinquedinhos (jato particular e mega-iate) poderão ser vistos em breve nas mãos de outros donos".

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Antes que muitos perguntem, Bob Fernley chefe da equipe Force Índia já informou que os problemas da Kingsfisher Airlines em nada afeta a equipe de Fórmula 1 e que "são negócios independentes e sem conexão, então não importa o que acontece lá."

Ok, pode até ser que os negócios do indiano sejam realmente estanques e que recentemente ele tenha vendido a maioria acionaria em sua companhia de bebidas para a Diageo por 2 bilhões de dólares, mas como a equipe de F1 depende largamente de seus donos para existir, já que não tem patrocinadores reais (como mostrei AQUI), caso Vijay resolva repensar seus gastos, seria bom que a essas alturas a equipe conseguisse sobreviver com seus próprios rendimentos, como já fazem suas rivais de meio de pelotão Williams e Sauber.

Ah! Lembro por fim que a equipe tem outro sócio, o dono da marca Sahara, e também bilionário indiano Subrata Roy, que igualmente tem um mega império no mundo dos negócios e que do mesmo modo está com problemas financeiros bilionários na justiça indiana, mas isso fica para outro post caso a coisa para o lado dele realmente entorne...

Caterham e os escapamentos da discórdia

Perguntado sobre o que ele achava dos demais carros 2013 apresentados até agora, James Allison, diretor técnico da equipe lotus respondeu: "Existe uma coisa no escapamento da Caterham que creio não que vá ficar lá até chegarmos em Melbourne (Austrália)."

Essa "coisa" é uma pequena asinha localizada logo após as saídas dos escapamentos, o que segundo Allison, seria irregular.  Essa controversa peça teria a função de conduzir o fluxo de ar dos escapes para uma determinada direção, o que poderia infringir o artigo 5.8.4. do regulamento técnico da categoria, pois dependendo da interpretação, estaria numa área que deveria estar livre de qualquer interferência externa ou peças.

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Certamente nos próximos dias alguma equipe vai pedir o esclarecimento da FIA nesse caso, e na eventualidade desse item ser permitido, logo mais as outras equipes irão adaptar e até refinar suas próprias versões. Enquanto isso não acontece a Caterham seguiu testando pequenas variações da peça, como nessa imagem ao lado, onde a asinha se encontra um pouco mais rebaixada do que vimos nas imagens acima, tudo em busca de alguns décimos a mais de velocidade.

Segundo um especialista em aerodinâmica, a tal asinha teria resultados contestáveis, pois se por um lado realmente ajuda a direcionar o fluxo de ar dos escapes, por outro acaba por ser um obstáculo a ele, reduzindo a velocidade dos gases quando eles chegam à traseira do carro.

Quem disse que equipe pequena também não cria (ou tenta criar) novidade? Clique nas imagens para ampliá-las!