quarta-feira, 6 de março de 2013

Quanto cada um andou nos testes da F1

Esses são os números finais dos testes de inverno da pré-temporada 2013 da Fórmula, considerando as 3 sessões de 4 dias cada nas pistas de Jerez e Barcelona. Lembro que Pastor Maldonado e Valteri Bottas da Williams usaram o carro de 2012 na primeira sessão de testes.

Como tempos de volta podem ser muito enganadores nessas ocasiões, tempos que observar mais é a quilometragem total, para ver se um carro é confiável, sendo uma base sólida para desenvolvimento, não tendo a equipe que se preocupar em entender problemas e podendo se dedicar ao refino do desempenho do modelo. Nesse sentido a Sauber e a Mercedes aparecem muito bem nas tabelas, cabendo ao estreante Esteban Gutierrez a bem-vinda liderança nos números individuais, o que certamente ajudará na sua adaptação com a nova categoria.

Sobre os números em si, lembro que a distância total da pista de Jerez é de 4.428 km ao passo que a de Barcelona é maior, com 4.655 km, o que resultou em números diferentes na relação total de quilometragem (critério principal para posicionamento no ranking), mesmo com um número de voltas semelhante ou mesmo inferior ao de um piloto abaixo na tabela.

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Pilotos:

Pos. Piloto               / Voltas       / Quilômetros:
1. Esteban Gutiérrez / 607 voltas / 2.768 km
2. Nico Rosberg / 575 voltas / 2.639 km
3. Lewis Hamilton / 563 voltas / 2.584 km
4. Nico Hülkenberg / 554 voltas / 2.538 km
5. Sergio Pérez / 554 voltas / 2.538 km
6. Max Chilton / 550 voltas / 2.535 km
7. Paul di Resta / 553 voltas / 2.519 km
8. Jean-Éric Vergne / 536 voltas / 2.454 km
9. Charles Pic / 516 voltas / 2.364 km
10. Valtteri Bottas / 514 voltas / 2.352 km
11. Fernando Alonso / 505 voltas / 2.350 km
12. Sebastian Vettel / 513 voltas / 2.343 km
13. Felipe Massa / 513 voltas / 2.336 km
14. Romain Grosjean / 495 voltas / 2.270 km
15. Mark Webber / 495 voltas / 2.264 km
16. Pastor Maldonado / 483 voltas / 2.213 km
17. Giedo van der Garde / 469 voltas / 2.148 km
18. Jenson Button / 455 voltas / 2.090 km
19. Daniel Ricciardo / 448 voltas / 2.050 km
20. Kimi Räikkönen / 260 voltas / 1.182 km
21. Jules Bianchi / 253 voltas / 1.165 km
22. Adrian Sutil / 249 voltas / 1.159 km
23. Luiz Razia / 113 voltas / 500 km
24. James Rossiter / 61 voltas / 270 km
25. Pedro de la Rosa / 51 voltas / 225 km
26. Davide Valsecchi / 16 voltas / 74 km


Equipes:

Pos. Equipe     / Voltas   / Quilômetros:
1. Sauber / 1.161 voltas / 5.306 km
2. Mercedes / 1.138 voltas / 5.224 km
3. Ferrari / 1.069 voltas / 4.913 km
4. McLaren / 1.009 voltas / 4.629 km
5. Red Bull / 1.008 voltas / 4.607 km
6. Williams / 997 voltas / 4.565 km (333 voltas com o carro 2012)
7. Caterham / 985 voltas / 4.512 km
8. Toro Rosso / 984 voltas / 4.505 km
9. Force Índia / 980 voltas / 4.480 km
10. Marussia / 799 voltas / 3.669 km
11. Lotus / 771 voltas / 3.527 km

Maldonado e a morte de Chávez


Como todos sabemos, Pastor Maldonado (e alguns outros pilotos) tem sua carreira internacional no automobilismo bancada pela PDVSA, a petroleira venezuelana, graças a interferência direta de Hugo Chávez para que isso ocorresse.

Como todos também sabemos, Hugo Chávez morreu e agora muita gente deve estar se perguntando se o novo líder venezuelano Nicolás Maduro ou algum possível substituto de o posição a ele que pode ser alternativamente eleito nas próximas eleições manterá o dispendioso plano de investimento na Fórmula 1.

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Se puxarmos pela memória, dizia-se à época do anuncio da parceria entre Williams e PDVSA que o acordo seria de 5 anos, não necessariamente com Maldonado como titular, mas sim alguém designado em comum acordo entre a equipe e o patrocinador. Na prática essa pessoa é Maldonado, até porque ele tem feito por merecer. Tal contrato (de cerca de 30 milhões de euros por ano), como todos na F1, certamente deve ter lá suas bem amarradas cláusulas que permitiriam sua finalização antes da hora  - um não pagamento de parcela, como bem sabe Luiz Razia, pode ser um deles - mas se Maduro ou outro líder da situação se mantiver no poder, as coisas deverão continuar como estão pois o plano seguiria o interesse desse grupo dominante. Se a oposição vencer, entretanto, a coisa pode mudar de figura, pois certamente eles promoveriam uma reavaliação total dos investimentos do país e esses patrocínios, tão vinculados pessoalmente à figura de Hugo Chávez, de quem Maldonado era amigo e apoiava publicamente, certamente estariam entre elas.

Pelo cenário eleitoral que vemos atualmente as chances de Maduro permanecer no poder são maiores, então ao menos para essa temporada tudo fica como está. Uma vez eleito diretamente Nicolás Maduro pode ele mesmo mudar de opinião, talvez até para imprimir sua própria marca administrativa? Sim, mas se essa improvável decisão ocorrer, o mais provável seria, uma vez mais, a manutenção do atual contrato vigente ao menos até o final de 2013.

Em resumo, se o pessoal de Chávez se mantiver no poder como a maioria acredita que ocorrerá, não creio que Pastor Maldonado perderá muitas horas de seu sono temendo por seu futuro na categoria máxima do automobilismo mundial. Certeza? Ninguém tem, vamos aguardar para ver.